Toninho da Ótima (PV) apresenta propostas para saúde, Fumprevi e prevenção de enchentes

O candidato à prefeitura de União da Vitória, Antônio Alexandre Moreira (PV), participou da sabatina promovida pelo jornal O Comércio.  A seguir, reproduzimos um trecho da entrevista com as propostas para a saúde, o Fumprevi e prevenção e contenção de enchentes.

Conteúdo na íntegra

Jornal O Comércio (JOC): Quais são na sua visão os principais gargalos da área da saúde em União da Vitória?
Antônio Alexandre Moreira (AAM): A saúde, infelizmente, está precária na nossa na nossa cidade, não é? Não só nos bairros, como no centro e no interior. Então é ponto de honra. Vamos atender da melhor forma possível a saúde. Quero criar mecanismos para prevenção. Tem muita coisa que acontece, que se houver prevenção e de forma simples até mesmo, sem grandes custos, evita problemas maiores lá na frente.

Mas veja bem, hoje, por exemplo, os postos de saúde ou as UBS só tem o médico, não tem o remédio. Eu quero que tenha o médico e o remédio. O cidadão que necessitar vai lá, consulta, e já leva o remédio. E, se for o caso, já tomar uma dose lá. Não tem por que. [Às vezes o paciente] perde uma manhã para pegar uma consulta e depois mais a tarde ou dia seguinte para pegar o medicamento. Não. Na minha gestão eu terei nas UBS, postos de saúde, médico e remédio.

Quero também ter médicos especialistas, porque não tem porque pequenas coisas, não de grande complexidade, ter que ficar correndo atrás de uma consulta. Vamos disponibilizar os médicos naquela ocasião. Quero também criar um pronto-socorro, uma UBS exclusiva para mulheres e crianças. Veja que precisamos disponibilizar quantos ginecologistas se fizerem necessário para atender a nossa população. Hoje, pelo que a gente sabe, só tem um ginecologista para atender União da Vitória inteira, então isso não é possível. Preciso criar uma UBS onde vamos atender exclusivamente mulheres e crianças com ginecologista disponível, pediatras, enfim, a gente vai dar um atendimento especial.

Quero também e sobretudo, em São Cristóvão, que a população é maior, manter uma daquelas UBS pronto atendimento 24 horas para que pequenos acidentes possam ser resolvido lá sem ter que chegar até a UPA.
Quanto a UPA, o atendimento até está razoável, mas dá para melhorar bastante. No projeto da UPA tem uma sala de raio-x pronta, é só pôr equipamento e o raio-x se faz ali na hora. Você veja se tem cabimento ainda não ter. Você leva o seu pet numa clínica veterinária e o raio-x é feito ali na hora. Lá tem. E por que na nossa UPA não tem? Precisa entrar na fila, pegar ficha, não sei quando vai fazer um raio-x. Vamos instalar o raio-x dentro da nossa UPA, bem como a sala de gesso. No projeto tem a sala, está lá, falta que se ponha gente para trabalhar nessa especialidade também. É só uma questão de querer, porque o repasse que o governo federal faz, se nós tivermos raio-x, sala de gesso, será maior. Então é uma questão de querer fazer, de querer dar um atendimento melhor à nossa população. A saúde é muito séria. Nós temos que cuidar da saúde. Ninguém consegue estudar e trabalhar se tiver qualquer coisa. Basta ser uma pequena indisposição. Então nós temos que ter um sistema de saúde pronto, na hora. Precisou? Será atendido. Não posso pensar em desenvolvimento em qualquer área no município se a minha população não estiver em condições de estudo, de trabalho, enfim.

JOC: Candidato, existe solução para o Fumprevi? Qual a sua proposta para amenizar ou solucionar a questão envolvendo o fundo de previdência do município?
AAM: O Fumprevi é um é ponto de honra. Eu vou resolver. Não posso admitir que entra perfeito, sai perfeito, e ficam jogando para frente, apenas criando medidas paliativas para que seja cumprido com a obrigação da Fumprevi e com isso sangrando os cofres públicos e dificultando toda e qualquer obra porque falta recurso. Mas também tem várias cidades no Brasil, no Paraná algumas, que estão na mesma situação do nosso sistema de previdência. Eu vou encabeçar esse movimento, ou mais propriamente dito, vou passar essa incumbência ao meu vice, ao Pedro Ivo, que é uma pessoa que tem um conhecimento político muito grande a nível de estado, a nível de Brasília, para que nós possamos conseguir um grupo de deputados lá em Brasília que abracem essa causa, não só para a União da Vitória, mas para o nosso Brasil, porque o próprio INSS tem problemas se esses fundos quebrarem. Então a própria União, tenho certeza, que ela vai amparar e resolver toda essa situação. Mas isso tem que ser a nível de Brasília. E nesse ponto eu tenho o Pedro Ivo, que é do partido do presidente, que tem muitos amigos, muitos conhecidos, muitos deputados que conhecem ele, tenho certeza, vai encabeçar esse movimento e nós vamos encontrar uma solução para o nosso Fumprevi e para os Fumprevi de outros municípios também.

JOC: No caso de uma nova cheia nos próximos anos, a exemplo do que ocorreu no ano passado, o senhor tem algum plano de contingência? As possíveis cheias e novas enchentes estão na pauta do seu mandato?
AAM: Eu já assisti e passei por cinco grandes enchentes. Talvez seis. Eu lembro inclusive da [enchente] de 57. Eu era menino, mas lembro bem. Teremos que ter cadastrado barracões, locais onde em uma necessidade emergencial nós tenhamos lugar para levar esse esse pessoal. A Defesa Civil, que funciona bem a nossa Defesa Civil, é um órgão que funciona bem, está bem estruturada, mas devemos mantê-la sempre bem estruturada e pronta para que a hora que for necessário, ela esteja em plenas condições de atender. Isso é urgente. Teremos que, já no primeiro momento, fazer. As enchentes, graças a Deus, elas não vem todo ano. Mas às vezes ela pode vir outra logo em seguida. Você viu que em Porto Alegre houve três enchentes em nove meses, né? Então o clima parece que pirou, mudou. Então esse seria o primeiro momento.

Mas é ponto de honra também voltar à discussão sobre minimizar as condições de enchente no nosso rio Iguaçu. Eu lembro bem, em 83, as enchentes em Blumenau e no Vale do Itajaí foram muito maiores do que aqui e, no entanto, agora, não se ouve falar de enchente lá. Tivemos agora uma enchente pequena em Rio do Sul, mas foi questão de horas. A água subiu e já baixou, porque lá eles ficam monitorando. Fizeram diques, barragens, afundaram vários córregos lá, de forma que hoje chove bastante, a água até chega no quintal das casas, mas chega e em questão de 40, 50 minutos, uma hora após a chuva, a água já baixou. Então nós precisamos cuidar disso.

Eu tenho uma ideia que, por exemplo, agora, por ocasião da enchente, eu voei por várias vezes e percebi que a enchente mesmo é de Porto Vitória para cá. De Porto Vitória pra lá não tem enchente. Um sistema de bombeamento ali em Porto Vitória vai resolver o nosso problema. Por que que Porto Alegre deu problema, e muito sério? Porque o sistema de bombeamento deles estava sem manutenção e não funcionou. Mas hoje tem coisa muito mais moderna que eles estão inclusive melhorando e desenvolvendo ainda mais. A transposição do rio São Francisco em alguns locais é feito, para que ele possa seguir tendo em vista o desnível do terreno, com bombas enormes que são capazes de bombear de 20 a 25 mil litros por segundo. Então, se nós pusermos três, quatro, cinco, seis, dez bombas vai resolver. E vamos ligar quando? Vamos ligar quando a previsão nos der que chove na bacia do Iguaçu, chove em Araucária, em Curitiba 150 milímetros de hoje para amanhã. Fico esperto se as bombas estão em condições e vamos ligar que a hora que a água começar a chegar já vamos ter espaço para ela se acomodar. E poremos quantas bombas forem necessárias lá em Porto Vitória, que do lado onde cabem e ficariam bem as bombas, é União da Vitória. Não precisa nem ser no município de Porto Vitória. É Porto Almeida, é União da Vitória. Então vamos por tantas quantas bombas for necessário. Se for necessário aqui no São Bernardo também. Lá é o primeiro teste. Começou a chover? Liga as bombas. Eu tenho certeza que a água não vai passar da [avenida] Bento Munhoz de jeito nenhum, em momento algum, a menos que seja de fato um dilúvio. Então é ponto de honra. Claro que isso é uma ideia de um leigo preocupado e interessado com a melhoria de vida das pessoas. Mas vamos desenvolver essa ideia. Vamos trazer técnicos. Vamos até o Vale do Itajaí, na transposição do São Francisco ver as bombas, como funcionam, quantos mil litros jogam por segundo, quantas bombas precisam. Ou uma bomba dessa de 20 a 25 mil litros por segundo ela transporta um rio tipo rio Vermelho, tipo rio Pintado. Ela sozinha transporta esse rio. Então vamos estudar. É ponto de honra.

Outra coisa também que eu não consigo aceitar. Por exemplo, no São Bernardo. Eles já tiveram a triste experiência de mais uma cheia. Não teve cuidado com eles depois da cheia. Demorou para tirar o lixo, até hoje carece de muita coisa a ser feito no bairro São Bernardo. Não só no São Bernardo. No cidade Jardim, no Rio D’Areia, onde a enchente pegou. Então nós temos que cuidar muito, trabalhar muito no que diz respeito à questão das cheias do rio Iguaçu. Mas nós vamos cuidar disso muito bem.

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