Espaço Cultural: Nome para o “Cemitério Municipal Antiocho Pereira”
Dia desses, visitando o cemitério municipal de Porto União, não pude deixar de notar a restauração de sua bela fachada, seguindo os moldes da arquitetura francesa. Sem as árvores do jardim e com seus bancos, doados por famílias de pessoas lá sepultadas dispostas, diferentemente no espaço, tudo merecia elogios. Uma coisa, entretanto, deixou-me penalizada: não foi colocado no portal de entrada o nome de Antiocho Pereira.
Tempos atrás, disseram-me, aguardavam para isso a conclusão do Crematório.
Hoje, a construção está pronta, parecendo corresponder às expectativas da população. Então, por que não colocar o nome legitimado no cemitério? Se o espaço para a inscrição é convincente?
Se o ato que regulamentou o nome de Antiocho Pereira para o cemitério, teve sua aprovação pela Lei Nº 4620 de 14 de outubro de 2019, sancionada pelo prefeito Eliseu Mibach e com Decreto publicado no Diário Oficial de Santa Catarina, em 16 de outubro de 2019, edição 2956, página 938?
Permito-me aqui recrudescer alguns trechos da biografia de Antiocho Pereira, já publicada aqui daquilo que realizou na região e, merecidamente, legitimou seu nome ao campo santo:
“…transferiu residência para a então Colônia Federal Cruz Machado, fundada em 19 de dezembro de 1910. Em 1911, Antiocho já estava em Cruz Machado. Em 1915, foi nomeado pelo governo da República ao cargo de farmacêutico do Núcleo Colonial Cruz Machado em cuja função permaneceu até 1917. Foi condecorado com a Medalha do Mérito pelo Governo da Polônia e também, pelos seus relevantes serviços prestados recebeu o título de Cidadão Honorário.
Como reconhecimento por sua dedicação aos moradores de Cruz Machado, estes lhe presentearam com uma casa em Porto União da Vitória, onde veio residir com sua família.”
“Pessoa culta dedicava-se à leitura e possuía uma das maiores e melhores bibliotecas por aqui. Dedicou-se ao jornalismo enfocando assuntos agrícolas sobre os quais tinha largo conhecimento”.
“Em 25 de novembro de 1930 foi empossado Superintendente do município de Porto União pela Junta Militar Revolucionária. Em 1930 pediu exoneração do cargo, sendo desligado em 1933, deixando a prefeitura naquele mesmo ano.
Em suas ações como prefeito destaca-se a organização do Ensino Público, o primeiro ajardinamento da praça Hercílio Luz, ter sido um dos fundadores do União Esporte Clube e ter concluído e inaugurado as obras do Cemitério Municipal, cuja placa se encontra afixada na parede interna do muro de entrada.
Pela grande atuação que teve nesta região e pelos seus feitos em Porto União merece este reconhecimento.”
De nossa parte, pelo esforço das pessoas ligadas a preservação da História, pelo empenho do Poder Público em nominar o cemitério devidamente com o de quem tanto fez pelo progresso da região, aguardamos alguém de direito para as devidas providências e, antecipadamente, agradecemos.
Voltar para matérias