Antes de abordar esse título do Concurso de Poesias, promovido pelo Colégio Estadual Neusa Domit, para o qual aceitei ser um dos integrantes da Banca Julgadora, gostaria de fazer referência a dois elementos primordiais do evento: versos e poesia. O que são?

Talvez para alguns seja redundante definir, num momento em que tanto se fala em inteligência artificial. Mas, como somos de um tempo em que nem se mencionava tecnologia, muito menos o computador e o celular eram conhecidos, voltemos a nossa memória, onde tudo tem origem na palavra.

Versos são elementos fundamentais da poesia. Cada linha de uma poesia é um verso. A poesia, por sua vez, é um texto de palavras, que pode ser escrito em versos ou em prosa. Muitas são as definições de poesia. Não vamos nos deter a isso pois, desde a antiguidade, dela se ocupam.

Voltando ao título e ao Concurso, penso que concorrentes e organizadores da realização, soberanamente, empenharam-se para que tudo saísse perfeito. Desde a prestimosa decoração do palco, com a instalação de coloridas e brilhantes borboletas sobrevoando o espaço, elas que são símbolos da transformação espiritual, benéfico para a atual geração, num mundo cada vez mais raro em valores.

Já no início da programação, meninas pequeninas caracterizadas de anjos saudaram a assistência, que preencheu os lugares, motivando-a para receber os participantes do Concurso.

No protocolo, professor do estabelecimento e membro da Academia de Letras Vale do Iguaçu (Alvi), dando as boas vindas chamou os componentes da Banca Julgadora, formada por membros da Alvi, da Unespar e do Núcleo de Educação, a ocuparem seus lugares.

O Concurso, dividido em duas categorias, a primeira com participantes do Ensino Fundamental e a segunda com alunos do Ensino Médio e do primeiro ano do Enem.

Do Ensino Fundamental concorreram dez alunos: três representantes de sextos anos, três representantes de sétimos anos, dois representantes de oitavos anos e dois representantes de nonos anos.

Do Ensino Médio concorreram 6 alunos: um pelo primeiro ano do Novo Ensino Médio, um pelo primeiro ano do Ensino Técnico, três pelo segundo ano Técnico, um pelo terceiro ano Técnico.

Desfilando e gesticulando pelo palco, declamadores com bonitas poesias e, entre tantas escolhidas, recrudescendo composições de Castro Alves, poeta brasileiro, baiano da fase romântica na literatura, que foi cognonimado “Romanceiro da Inconfidência”; composições de Cecilia Meireles, considerada a maior poetisa brasileira, no século XX, nascida no Rio de Janeiro, escritora, pintora, jornalista e professora.

Cada participante, em sua categoria, recebeu notas de 0 a 10, avaliados nos quesitos postura, desenvoltura, oratória e criatividade, que no final somados, revelaram os maiores resultados, decisivos para serem aclamados os três primeiros colocados.

Momentos de arte, proporcionados pela música, interpretadas magistralmente, por alunos do Colégio.
De parabéns está o Colégio Neusa Domit através de sua direção, corpo técnico, corpo docente e discente, pela iniciativa de colocar em prática um projeto onde há o cuidado de uma linguagem apurada e vivificada, com apelo a palavras de valor, tão esquecidas, entre as pessoas. Palavras de esperança, fé, compreensão, solidariedade e de amor, razão verdadeira de tudo.

Considerando ser ela, a palavra, um privilégio do ser humano, podemos dizer que é ele um ente de cultura.

E sem palavra não há cultura.

É através dela, em última análise, que está a força dos versos a se projetarem no vasto e fascinante campo da poesia.

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