Tudo começou na Praça Hercílio Luz, em frente ao Cinema Palácio
Era uma segunda-feira, 15 de novembro de 1943, quando pela vez primeira assisti integrantes do então 5º BATALHÃO de ENGENHARIA E COMBATE, sediado em Porto União, fazer publicamente sua homenagem a Bandeira do Brasil.
Criança, nos meus oito anos, juntamente com colegas do Grupo Escolar Prof. Balduíno Cardoso e Grupo Escolar Prof. Serapião, senti pulsar mais forte o coração quando a Bandeira do Brasil subiu ao topo do mastro na praça e um vibrante conjunto de vozes dos soldados ali perfilados cantava o Hino Nacional brasileiro, aos acordes da banda militar.
Não sabia, naquele momento, que dentro em pouco aqueles mesmos homens estariam numa praça de guerra italiana e lá deixariam seu sangue em defesa da nossa Pátria. Que entre eles estava Ivani Osório Wolff, o expedicionário da família a qual eu viria fazer parte.
E nas lides escolares, enquanto se desenrolava o conflito, teria como incumbência reunir tubos de pasta dental feitos com alumínio, material a ser reaproveitado na fabricação de munições para o Exército.
Também não imaginava participar, com a família e a vizinhança, dos momentos de alegria proporcionados através do rádio, do bimbalhar de sinos nas igrejas, de apito das locomotivas e das fábricas, festejando o fim daquele conflito marcante e a vitória das forças aliadas.
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Que como estudante, professora ou diretora de escola participaria dos belos desfiles cívicos junto ao grupo de ex-pracinhas seguidos por pelotões do 5º BEC.
Acompanhei seu interesse pela educação dos integrantes que precisavam concluir o curso primário ou se prepararem para exames de admissão ao ginásio, antes de aprovada a Reforma de Ensino pela Lei 5692/71.
Aplaudi a solidariedade e a atenção com que sempre socorreu a população nos momentos aflitivos de apreensão e sofrimento. Que pela presteza e dinamismo demonstrados nessas ocasiões, os compararia e chamaria de “formiguinhas verdes.”
Nas muitas solenidades as quais pude participar, acompanhei sua reforma estrutural para Batalhão de Engenharia de Combate Blindado, sua partida como Forças de Paz para países em conflito a entrada de novos recrutas na Instituição e a instalação do Núcleo Preparatório de Oficiais da Reserva.
Vivenciei a participação dos militares nas áreas da saúde, em execuções de apoio logístico nas diversas solicitações feitas pelo Poder Público e pelas entidades em geral.
Assisti seu futebol amador, com o Esporte Clube Villagran, integrando a Liga Esportiva Noroeste Catarinense e as tantas competições no atletismo promovidas por entidades e associações locais, realizadas nas ruas e no rio Iguaçu em nado e remo.
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Tive a oportunidade de participar do projeto de civismo Nossa Bandeira idealizado por ele e pelas secretarias da Educação de Porto União e União da Vitória que levou aos estabelecimentos de ensino palestras sobre os Símbolos Nacionais do Brasil.
Por tudo o que possa falar sobre o 5º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado nesses seus 109 anos de atuação no Vale do Iguaçu, festejados no último 1º de maio, meu testemunho de respeito a essa Instituição Militar, redunda num sentimento recíproco de amizade, revelado no carinho com que me dispensou o título de AMIGA DO BATALHÃO.
Com DEUS acima de tudo, minhas congratulações ao 5º Batalhão de Engenharia de Combate Blindado.
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