Teste de alerta de desastres deve acontecer neste sábado

Neste sábado, 10, você provavelmente receberá um alerta em seu celular. A mensagem acompanhada de um aviso sonoro será enviada como parte do teste de alertas da Coordenadoria Estadual da Defesa Civil do Paraná. O projeto, liderado pelo governo federal, será realizado simultaneamente em 12 municípios brasileiros.

Teste de alerta de desastres deve acontecer neste sábado

Defesa Civil mostra como vai funcionar novo teste de alerta em duas cidades do Paraná.

No Paraná, as cidades escolhidas para participar dos testes foram União da Vitória e Morretes, devido ao histórico dos municípios com desastres naturais e existência de uma Defesa Civil capacitada. A tecnologia testada será a do Cell Broadcast, sistema que permite o recebimento de mensagens no celular mesmo que uma pessoa não tenha se cadastrado. Em caso de aparelhos com assistentes virtuais, como a Cortana e Siri, por exemplo, além do alerta sonoro e mensagem em tela, o conteúdo do aviso também será lido automaticamente.

Segundo o Capitão Julian, que está supervisionando os trabalhos em União da Vitória, todos os celulares conectados à rede no município estão aptos a receber o alerta. Portanto, mesmo que uma pessoa esteja apenas de passagem pela cidade, poderá receber a mensagem teste. “Todos os celulares que estiverem conectados às antenas de repetição de todas as operadoras irão receber esse aviso porque [em caso de desastre] a gente pode estar trabalhando com uma pessoa que veio fazer uma visita, que está de passagem e ela também precisa de tempo para se precaver caso a gente tenha algum tipo de desastre”, explica.

Neste momento, o alerta será emitido especificamente para celulares conectados à rede em União da Vitória, mas há possibilidade de que munícipes de Porto União também recebam o alerta. Entretanto, Capitão Julian relata que, para completar o teste, apenas o feedback de moradores da cidade paranaense sobre a ação serão recolhidos. “O evento climático extremo não vai selecionar quais pessoas serão afetadas, então a gente precisa fazer esse teste em massa para que todas as pessoas recebam [o alerta]. Nós estamos aqui numa região de fronteira, isso tem uma peculiaridade. Por isso que a gente vai precisar de um feedback posterior de como foi esse acionamento”.

O Cell Broadcast é uma tecnologia nativa dos aparelhos celulares, ou seja, vem direto de fábrica. Esse artifício de alerta já é utilizado de forma eficaz e consistente em países com histórico de graves incidentes, como Estados Unidos e Japão. No Brasil, a ideia é que os testes permitam que o país consiga implementar essa ferramenta nas situações em que a população precise ser alertada de maneira ampla e em tempo hábil de reação. “Então quais seriam os exemplos? Uma chuva de granizo muito forte que possa causar destelhamento, um vendaval muito forte, porque nós temos alguns municípios que nós temos o que eles chamam de corredores de vento em que ocorrem ventos com velocidades altíssimas que podem causar destelhamentos muito fortes. Pode ser avisado uma chuva muito forte que gere um deslizamento, que gere um aumento de nível de rio muito rápido também será avisado. Então tudo aquilo que possa causar um dano extremo num período muito curto de tempo. Nós ainda estamos em teste sobre quais serão os desastres que serão informados”, completa Capitão Julian.

Uma vez implementado, a ideia é que o sistema de alertas sirva também como forma de instruir a população a como ajudar vizinhos que por algum motivo não tenham sido informados sobre a situação de emergência. “Existe a possibilidade de nós não conseguirmos abranger 100% [da população com o alerta], mas este não é o objetivo. O objetivo é que a gente consiga atender todos os munícipes antes que aconteça o evento crítico.

A orientação que virá para as pessoas não será somente sobre o evento, mas também sobre o que fazer, para onde ir, quais serão as áreas de concentração, para onde a pessoa deve procurar abrigo, quem ela deve procurar. Ao longo do ano que vem nós estaremos fazendo também vários testes aqui, com toda a população, para que nós consigamos criar um protocolo de como agir em caso de incidente”, acrescenta o capitão.

Possui alguma sugestão?

Clique aqui para conversar com a equipe de O Comércio no WhatsApp e siga nosso perfil no Instagram para não perder nenhuma notícia!

Voltar para matérias