Asfalto afetado por derramamento de óleo em União da Vitória será substituído
Um morador do bairro São Gabriel, em União da Vitória, procurou a reportagem de O Comércio e Portal Vvale questionando sobre a razão da realização de obras na Autovia João Reolon, rua de acesso ao bairro. Segundo o leitor, as obras são recorrentes e têm prejudicado moradores e trabalhadores das fábricas da região.
Procuramos o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), órgão responsável pela via, que nos informou que as obras que começaram a ser realizadas na semana passada visam reparar danos causados pelo derramamento de óleo registrado em 18 de março. Na data, uma carreta que vinha de Chapecó (SC) com destino a Belo Horizonte (MG) derramou cerca de 24 mil litros de óleo vegetal no trecho entre a Serra do Leão, na BR-153, e a ponte de acesso ao bairro Monte Castelo.
Fernando Martins, Gerente Regional do DRE, explica que a Justiça notificou o órgão a respeito das medidas emergenciais tomadas para garantir a segurança dos motoristas. O DER explicou, então, que realizou a jogada de calcário na pista para absorção do óleo e sinalização com placas para alertar aqueles que trafegavam pelo local. Além disso, a entidade contratou um parecer técnico para determinar a situação do trecho.
Com o parecer, foi constatado que o óleo causou danos à via, como a alteração na composição, textura e porosidade do revestimento asfáltico, tornando-o mais quebradiço. Já o ensaio de mancha de areia, que determina a aderência entre o pneu e o pavimento determinou que o óleo prejudicou a frenagem dos veículos na região afetada. Além disso, foram encontradas deformações de 2 centímetros nos espaços contaminados pelo óleo.
Como apontado pelo leitor, o DER havia, de fato, realizado obras recentemente no trecho mas, por conta da contaminação causada pelo solvente, o órgão optou por substituir o pavimento contaminado visando a segurança dos motoristas. “O DER contratou esse parecer técnico e através desse parecer foi determinado que aquele pavimento, embora fosse novo – nós tínhamos acabado de investir recurso público – estava contaminado e a sua vida útil estava por um fio. De uma hora para a outra iria abrir buracos, ou seja, perderíamos o pavimento”, explica Fernando.
O derramamento de óleo afetou, inclusive, a terceira faixa que foi implementada na via durante as obras na PRC-280. “Aquele pavimento inteiro foi contaminado. Se você passar bem devagarzinho e olhar você vai ver vários trilhos de roda, ou seja, onde o pneu do caminhão passa está afundando o pavimento”, comenta Fernando.
As obras de reparo serão custeadas pelo DER, mas a intenção, segundo Fernando, é que a empresa Clara Transportes LTDA., responsável pelo derramamento do óleo, seja acionada judicialmente para ressarcir o valor. “A gente entende que é um volume muito grande de dinheiro gasto, mas é aquilo. Nós infelizmente não causamos o acidente. A nossa obrigação é restituir o pavimento à sua integridade com segurança aos usuários e depois na frente o DER vai ver como fica o setor de custos, cabe ao jurídico fazer. Mas nós tecnicamente temos que dar uma resposta à população, já que foi investido dinheiro público naquele pavimento”.
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