“Foi um anjo que cuidou de mim e que continuará a cuidar no plano espiritual”
Ilizete Bittencourt Martins perdeu a batalha para a Covid-19. Ela deixou um legado de amizades no Vale do Iguaçu
A família Martins está em luto.
A dor causada pela pandemia do coronavírus se assemelha com uma flechada certeira e cravada no peito. Os dias e as noites sem a “Dudi” não serão mais os mesmos.
Casada há 36 anos com Mauro Luís Martins, Ilizete Bittencourt Martins perdeu a batalha para a Covid-19. Mauro ainda está inconformado com a morte prematura de sua esposa. No entanto, enquanto conversava com a reportagem, fez questão de selecionar fotos e mais fotos para manter viva as histórias daquela que foi o seu grande amor.
“É uma tentativa para amenizar a dor da despedida de uma pessoa tão importante para nós. Ela foi um anjo que cuidou de mim e que continuará a cuidar no plano espiritual”, afirma.
O casal testou positivo para a Covid no dia 09.
“A minha esposa ficou internada, mas não resistiu. Ela faleceu na madrugada do dia 19 de agosto em decorrência de uma parada cardíaca. Eu preciso ser forte, pois tenho os meus pais que já passaram dos 80 anos e que precisam de mim”.
Dudi, como carinhosamente ficou conhecida, era natural de Capinzal (SC) e morou em Porto União nas décadas de 70 e 80. Mauro morou em União da Vitória entre 1976 e 1982. O casal, sempre que possível, visitava o Vale do Iguaçu.
“Casamos em 1985 aqui na Lapa, no Paraná. Nós nos conhecemos em União da Vitória em frente a antiga Alesson. Depois, viemos morar aqui na Lapa e constituir a nossa família. Tivemos um filho, o Mauro Luís Martins Junior e um neto, o Mathias Martins que era a razão de viver dela. A Dudi era tudo de bom. Uma ótima amiga, namorada, esposa, amante e dedicada com a família. Ela não gostava de falar sobre a sua idade (risos)”.
Dudi foi sepultada na Lapa.
Fã da CBN
Dudi era fã da CBN Vale do Iguaçu. Certa vez, em 2019, visitou a emissora e até posou para fotos, as quais guardava com muito carinho.
“Os nossos amigos de União da Vitória e Porto União eram a nossa família; cito o Álvaro Moreira, o Peka, o Goya, o Sapinho e o Gilberto Lima; também a Sandra Trevisan e a Gisele Colitta. Minha esposa deixou um legado de amigos nas cidades. Nunca senti uma dor tão forte; mas vou superar”.
Nos ajude a contar a história daqueles que amamos,
e que acabaram perdendo a batalha contra a Covid-19.
São pessoas nossas, da nossa terra.
Queremos eternizar a memória daqueles que um dia foram tão importantes.
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