Opinião: “Substituição no fim do jogo”
O cara foi o craque da disputa anterior, mas estava visivelmente sem condições físicas, e talvez mentais, para competir este ano.
Não teria fôlego no final do jogo e a substituição era necessária, mas craque ninguém tira porque ele precisa sinalizar para ser trocado. E Biden fez isto sob pressão.
Seu time, os Democratas, fizeram a troca natural, devendo entrar a reserva imediata, Kamala, que já está em aquecimento faz tempo, prevendo esta possibilidade.
Não há como negar que o adversário, o Republicanos, é favorito. Sua organização tática conservadora agrada muito a torcida atual que aparenta ser maior entre aqueles que tem ingresso para assistir ao jogo.
O craque do time conservador sofreu uma punição recente, mas nada indica que isto atrapalhe o seu rendimento.
Todo este interesse decorre do fato de ser um clássico internacional que acaba interferindo na classificação de equipes de todo o mundo. A vitória de um dos lados pode motivar torcedores em outros estádios a optarem por times semelhantes. Jogo decisivo com transmissão e torcida espalhada por todos os continentes, com chefes de torcida, em cada canto, focados na disputa que acaba, de alguma forma, interferindo em campeonatos por todo o mundo.
Claro que cada jogo tem seus fatores locais: escalação, contratações de última hora e até as inusitadas uniões de torcidas teoricamente adversárias.
O importante é perceber que, cada vez mais, em todo o mundo, equipes querem ganhar o jogo com recursos extracampo, além dos duelos verbais normais, o tapetão, que atende por nomes diversos, é acionado e juízes extracampo precisam arbitrar as disputas.
Todavia, no campeonato deles, repetido no nosso, a torcida tentou decidir no grito e tudo que se espera é que a civilidade seja mantida e todo e qualquer jogo decidido apenas dentro das quatro linhas.
Lógico que o jogo é sempre importante, mas é só um jogo. Natural que o humor de uma e outra torcida se alternam com resultado, mas a vida segue com praticamente as mesmas variáveis.
Para torcedores, será sempre necessário correr atrás para comprar novos ingressos e até uniformes da temporada, tudo muito caro, independente de quem ganhe o campeonato.
Pior ainda se resolver brigar, fora ou dentro do estádio, não vai ter alegria, batendo ou apanhando, porque logo à frente tem nova rodada e nenhum jogador ajuda cuidar das feridas.
Importante registrar que os atletas até perdem, mas para eles sempre tem solução. Podem até vender o passe e mudar de time e, caso se mantenham fiéis, serão também ouvidos para ajuste de regras das próximas disputas.
A torcida quase nem percebe, mas os derrotados são sempre os que estão fora de campo, parece incrível, mas a federação paga até para os derrotados, usando parte da bilheteria arrecadada por nós.
Lógico que escolho o meu time, torço loucamente e até xingo o juiz, faz parte da nossa cultura, mas, como uma parcela cada vez menor da população, já aprendi que é apenas um jogo que até interfere, mas não causa maiores impactos na minha vida. Preciso continuar trabalhando e lutando as mesmas batalhas e, sem juízo, apenas reduzirei os parceiros que dividem a caminhada comigo.
Craques e capitães do time podem até se esforçar pela torcida, mas quando vencem medalhas e gratificações são apenas deles.
Por aqui, apenas disputas municipais este ano. Sei que se conselho fosse bom seria vendido mas, a título de sugestão, torça para o teu time e não priorize xingar juiz ou o adversário porque isto não ajuda nada.
Parece estranho, mas se o time estiver mandando muito mal, não se acanhe, troque de time.
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