Banco da Família: identificando o problema e incentivando a solução

A diretora administrativa do Banco da Família, Geórgia Schmidt, define que o propósito da Instituição é impulsionar negócios de micro ou pequeno porte. Ao longo dos últimos 23 anos, a Instituição tem clientes em 210 cidades dos três estados do Sul.

Segundo a Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (Abcred), o Banco da Família é considerado uma das maiores instituições de microfinanças do Sul do Brasil. Em sua história já concedeu mais de R$ 1 bilhão em crédito, em cerca de 400 mil operações que impactaram mais de 1,3 milhão de pessoas.

Banco da Família: identificando o problema e incentivando a solução

Geórgia Schmidt, diretora administrativa do Banco da Família. Foto: arquivo pessoal

Na ocasião, Geórgia acrescentou que a novidade é o Programa Despertar, que auxilia empresas a implantar ações de promoção de qualidade de vida para colaboradores. As empresas interessadas em desenvolver projetos de melhoria da qualidade de vida dos colaboradores podem ter apoio da ferramenta desenvolvida para o diagnóstico e a criação de planos de ação para enfrentamento de problemas sociais.

Trazida ao Brasil pelo Banco da Família, a metodologia desenvolvida pela Fundación Paraguaya é a base do Programa Despertar nas Empresas.


Confira a entrevista

JORNAL O COMÉRCIO (JOC): Como a senhora define o Banco da Família?

GEÓRGIA SCHMIDT (GS): Banco da Família, o nome já diz tudo né? Diz tudo e um pouco mais. O Banco da Família é uma empresa do terceiro setor e somos certificados pelo Ministério da Justiça e também pelo Ministério do Trabalho e Emprego no tocante a operar o microcrédito; vamos na casa da pessoa e entendemos a real necessidade dela, entregando acesso a orientação e crédito, se esse for o caso dela. É uma instituição voltada totalmente para o social. Além do crédito, o banco da família tem um setor de responsabilidade social de produtos não financeiros.

JOC: União da Vitória conta com agência do Banco da Família?

GS: Sim e atende as cidades do entorno, como Porto União, Paula Freitas, Paulo Frontin, Porto Vitória, Irineópolis e Matos Costa. Se alguém desse eixo regional precisar dos serviços, seja questão de crédito e/ou orientação financeira, pode buscar a agência.

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JOC: Programa Despertar, do que se trata?

GS: O Despertar é um programa que vem de uma metodologia aplicada no Paraguai há mais de dez anos. Desde então está em atuação em 44 países e em mais de 220 instituições. Então nós trouxemos o Despertar como um produto não financeiro do Banco da Família, porém temos uma ajuda de custo para manter o projeto, que não é um produto financeiro do banco. O Despertar está vinculado na questão de melhoria de vida por outro viés, ou seja, quando falamos de pobreza não é somente a pobreza de recursos financeiros, mas sim, pobreza de saúde, de meio ambiente, habitação, educação, cultura, entre outros. O programa vem como uma forma de fazer um diagnóstico na família, ou melhor, um autodiagnóstico para se conscientizar sobre as condições de vida dela e, a partir disso, identificar os pontos fortes daquela família e estimular para que esses pontos fortes ajudem-os a atingir melhorias em outros indicadores. O programa foi criado pela Fundación Paraguaya, que é uma ferramenta que ganhou no País de origem o nome de Semáforo da Eliminação da Pobreza e é aplicada por 423 organizações.

JOC: O Despertar está em expansão?

GS: Sim. Quando nós trabalhamos com clientes e não clientes do Banco nós já estamos nas três regiões do Sul, ou seja, todas as unidades têm o Despertar implantado e rodando em várias cidades, desde a Serra Gaúcha até o Paraná, chegando na divisa de União da Vitória e seu entorno. Porém, o projeto de distribuição para as empresas iniciou agora. Uma empresa piloto está instalada em Lages (SC); é uma iniciativa que também está começando em São Paulo.

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JOC: Como está a atuação do Banco da Família em função da pandemia da Covid-19?

GS: A pandemia nos fez mudar muitas coisas; algumas até positivamente. Por exemplo, o atendimento que era 100% presencial, passou a atender as famílias a distância e continua a sua aplicação desta forma. O banco apoiou ainda mais o cliente neste período de dificuldades por conta da pandemia. Em todo esse período, nós (equipe do Banco da Família) conseguimos nos adaptar.


Sobre o Banco da Família

Fundado em 1998 como um movimento da Associação Empresarial de Lages (SC), o Banco da Família surgiu em um momento de depressão econômica da região e, desde então, mantém como propósito impulsionar negócios de micro ou pequeno porte. Com clientes em 210 cidades dos três estados do Sul, a instituição é, segundo a MicroRate, a terceira maior do mundo no ramo das microfinanças.


Atendimento do Banco da Família

A Instituição está presente também com agentes remotos e que atendem outras cidades: São Mateus do Sul (atendimento remoto) Antônio Olinto, Três Barras e Canoinhas, General Carneiro (atendimento remoto), Bituruna (atendimento remoto), Irati (atendimento remoto), Imbituva, Fernandes Pinheiro, Prudentópolis, Inácio Martins, Rio Azul, Rebouças, Mallet, Teixeira Soares, Palmas (atendimento remoto), Clevelândia, Coronel Domingos e Abelardo Luz, Francisco Beltrão (atendimento remoto), Ampére, Enéas Marques, Manfrinópolis, Marmeleiro, Nova Esperança do Sudoeste e Verê, Guarapuava (atendimento remoto), Pinhão, Campinas do Simão, Turvo, Cantagalo, Candói, Goioxim, Pato Branco (atendimento remoto), Bom Sucesso, Coronel Vivida, Honório Serpa, Itapejara D’Oeste, Mariópolis, Renascença e Vitorino.

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