FIM DA ERA DO PAPEL: sistemas e aumento da produtividade nas empresas
Especialista no assunto em União da Vitória aposta na eliminação do papel na esteira da transformação digital
(Reprodução/Pexels)
Você já ouviu falar em empresa paperless?
Paperless, ou “sem papel” na tradução literal, é uma cultura organizacional que reestrutura o relacionamento da empresa com o armazenamento e a organização dos arquivos; significa implementar soluções e sistemas para substituir o uso do papel. Diante disso, seria o fim da Era do Papel?
O sócio e gerente comercial na WLE Tecnologia em Automação de União da Vitória, Anderson Wachholz, aposta na eliminação do papel na esteira da transformação digital. Citou ainda algumas da razões para essa tendência como, por exemplo, o extravio, prejuízos financeiros, vazamento de informações, fraude de identidade, fenômenos naturais e perda. Outros fatores estariam na agilidade do levantamento dos dados, além da sustentabilidade.
Confira a entrevista:
Jornal O Comércio (JOC): Como a tecnologia está ocupando o lugar dos papéis nas empresas atualmente?
Anderson Wachholz (AW): Se você analisar, há alguns anos tudo era focado no papel, como notas ficais e outros. Na nossa empresa, por exemplo, todo o nosso faturamento acontece de forma digital. Aqui, não é impressa nenhuma nota fiscal e boleto; eles são enviados 100% por email. Tanto as empresas quanto clientes já estão se adaptando a essa realidade tecnológica por meio de uma forma sustentável. Até antigamente os contadores armazenavam pilhas e pilhas de papéis por cinco, até dez anos, porém hoje tudo acontece quase que 100% digital. Hoje basta um HD (Hard Disk) e você armazena 100% de seus clientes nele.
JOC: Como as empresas de União da Vitória lidam com a tecnologia x pandemia?
AW: A verdade é que todos necessitaram de reinvenção por conta da pandemia. Algumas empresas já vinham implantando o home office mesmo antes da Covid. A maioria não estava acostumada com essa rotina e se adaptaram meio que a força no período. Na nossa empresa também necessitamos de adaptação e grande parte dos nossos desenvolvedores ficou em home office e a equipe de suporte também estabeleceu o distanciamento social. A empresa também se adaptou à nova realidade. Eu vejo com bons olhos o home office, mas penso que ainda necessitamos de um tempo para obter um controle para que não aconteçam distrações, neste caso com o trabalho sendo executado em casa.
Anderson Wachholz, sócio e gerente comercial na WLE Tecnologia em Automação
JOC: Quais os benefícios da tecnologia apontados / implantados hoje pelos empresários?
AW: Hoje os benefícios são inúmeros. Antigamente uma loja atingia somente os clientes locais e hoje já é possível a utilização da plataforma digital para expandir os negócios até para fora do País e ainda atingir o seu público alvo. Você consegue trabalhar com os outros mercados de marketplaces no Brasil (que é um lugar de compra e venda de produtos que reúne diferentes vendedores, seja no mundo virtual ou no mundo físico, como o exemplo de feiras) que são gigantes; eu inclusive tenho um e-commerce, ou comércio eletrônico, com expansão dos negócios também em nível nacional, ou seja, tenho clientes desde o Acre ao Rio Grande do Sul.
JOC: Como o senhor avalia o processo de transformação digital?
AW: As mudanças são drásticas e com novidades, dia após dia. É uma tendência e não temos como voltar atrás. As pessoas vêm buscando tecnologias, praticidade, segurança na compra e agilidade no processo. Cada vez mais as pessoas buscam compras online. Mas ainda digo que as lojas físicas nunca vão acabar, mas sim vão somar com o novo cenário.
JOC: O Vale do Iguaçu pode se considerar avançado na indústria 4.0?
AW: Aqui na nossa região eu vejo que as empresas já estão buscando algumas características dessa tendência. Existem empresas pequenas e médias e esse processo ainda é visto como ‘caro’, como por exemplo, robotizar toda uma empresa; a estrutura desse tipo de tecnologia é ‘cara’. Acredito que isso seja uma tendência, porém gradativa, na região.
O que é indústria 4.0?
A indústria 4.0 corresponde a um conceito que considera as transformações sofridas no segmento na chamada quarta revolução industrial. O resultado foi uma aproximação bem grande do homem com a máquina e também a digitalização de vários processos considerados mecânicos e perigosos na indústria, passando essa função para robôs e até sistemas tecnológicos.
