“Maria Magalhães é um empreendimento fabuloso e bem estudado”

A partir de agora, o comando regional do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) de Canoinhas terá novo gestor. Christian Martins assume o comando da pasta, a qual Porto União também faz parte. Em entrevista exclusiva, ele comentou que uma das suas primeiras ações será reunir os gestores municipais catarinenses para traçar uma gestão com diálogo e transparência.

Maria Magalhaes e um empreendimento fabuloso e bem estudado (1)

Foto: Ronaldo Mochnacz

Segundo ele, entre os objetivos do IMA estão a preservação, a melhoria e a recuperação da qualidade ambiental; além de assegurar o desenvolvimento econômico, com o uso sustentável dos recursos naturais. O Instituto busca ainda a observância da legislação ambiental, educação e conscientização da comunidade quanto à necessidade de zelar pelos recursos naturais.

Christian é empresário, formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário de União da Vitória (Uniuv); atuou nos governos de Luiz Henrique da Silveira e Raimundo Colombo nas funções de Diretor de Municipalização no Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). Foi Chefe de Gabinete da Secretaria de Estado da Infraestrutura e participou da implantação do processo de descentralização do governo do estado na criação das secretarias regionais. Também foi vereador, em Porto União por dois mandatos, sendo eleito presidente da Câmara em 2018 e Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico de Porto União.

Atualmente, estava a frente da Direção da Indústria na Associação Empresarial de Porto União (Acipu) e secretário parlamentar no gabinete do deputado estadual Valdir Cobalchini (MDB).


Confira a entrevista

Jornal O Comércio (JOC): Como o senhor avalia os seus 20 anos de serviço público?

Christian Martins (CM): Fico muito contente por ter o meu nome sempre lembrado pelas pessoas e autoridades políticas. Eu acumulo certa experiência nesse tempo com o serviço público por meio dos cargos em que ocupei e pelas pessoas que sempre estiveram comigo; é um aprendizado constante. Estou há 20 anos no meio público ininterruptamente. Sempre procuro estar junto das entidades, prefeituras, câmaras de vereadores no sentido de colaborar com o desenvolvimento de Porto União e região.

JOC: Quais são suas expectativas junto ao IMA?

CM: Eu passei pelo IMA já em 2009, porém naquela ocasião, com atuação em Florianópolis focamos na municipalização, ou seja, eu estava com os gestores das cidades catarinenses fazendo o que era possível e dentro da lei para agilizar as licenças e dar autonomia aos gestores. Assumo agora com essa missão que é visitar as cidades e apresentar o novo Código Florestal. Irei focar no diálogo e na municipalização.

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JOC: Sustentabilidade e Meio Ambiente são as palavras da vez?

CM: Certamente, sim. O Código Florestal foi revisto e já prevíamos essa sua alteração, assim com os planos diretores dos municípios que precisam estar sempre se adequando. O novo Código Florestal dispõe sobre o uso e a proteção da vegetação nativa em terras privadas. É uma das leis ambientais mais importantes e com um grande potencial de promover o uso eficiente da terra no Brasil. A lei ambiental serve para isso; para proteger o Meio Ambiente. Cada cidade tem um histórico diferente e tudo que se faz requer fiscalização, como é o caso da atuação importantíssima da Polícia Ambiental. As mudanças no Código Ambiental estão em fase de adaptação e eu, inclusive, estou me dedicando a estudar os seus artigos. Pretendo no mês de abril trazer para Porto União e Canoinhas uma palestra sobre o novo Código Ambiental.

JOC: Na sua opinião a comunidade coopera com as leis ambientais?

CM: Extremamente cooperativa, pois ninguém mais se permite cometer erros em suas propriedades. A pessoa quer usar a sua propriedade de forma sustentável e aproveitar ao máximo a sua extensão, de forma sustentável e obedecendo a lei. O objetivo do IMA é licenciamento, fiscalização e conservação.

JOC: Como estão os trâmites de gestão ambiental realizadas no Aeródromo Maria Magalhães, em Porto União?

CM: O Maria Magalhães é um empreendimento fabuloso e muito bem estudado de forma privada pelo empresário Mário Franzoi. O aeroporto privado é hoje um aeródromo em Porto União e que eu tenho acompanhado os trabalhos em termos de licenciamento ambiental e adequação do espaço. Os projetos ambientais daquela área estão dentro da lei e trazendo uma oportunidade ímpar para Porto União e região. Uma cidade com um aeroporto representa desenvolvimento, assim como é o caso do aeroporto José Cleto de União da Vitória. O aeródromo de Porto União será transformado em um aeroporto de médio porte e que será licenciado pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e balizado para voos noturnos, com segurança e moderno. A estrutura está sendo ofertada à comunidade, como é o caso dos aeromédicos, polícia, bombeiros, entre outros, cedida com segurança pelo empresário de Porto União. Visualizo lá na frente um empreendimento de referência regional e, quem sabe, até para voos comerciais pela capacidade do investimento.


Qual a Diferença?

Aeródromo: é praticamente todo e qualquer espaço destinado a operação aeronáutica, como estabelecido no Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) nº 139. Diante disso, podem ser classificados como aeródromos: helipontos; heliportos; pistas que recebem aeronaves de asa fixa e espaços que recebam hidroaviões e aviões anfíbios. Os aeródromos podem ser tanto privados quanto públicos.

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Aeroporto: é também uma área destinada ao pouso, decolagem e movimentação de aeronaves. É todo aeródromo público dotado de instalações e facilidades para apoio a aeronaves e ao embarque e desembarque de pessoas e cargas”, segundo a RBAC n° 139.

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