Bailarino Wesley Luiz da Silva, lembra dele?
Natural de Porto União, jovem driblou preconceitos conquistando espaço em Companhias de Danças pelo País
O menino que iniciou a sua história de vida no bairro São Pedro, em Porto União, venceu preconceitos em busca do sonho de se tornar um bailarino profissional. Seu talento e a altivez dos movimentos se destacam em festivais de dança e, apesar da pouca idade, ele já demonstra maturidade suficiente pela sua profissão.
Wesley Luiz da Silva, de 23 anos, nasceu em 16 de outubro. É orgulhoso da sua terra natal e das pessoas que lhe inspiraram para a vida.
“O Vale do Iguaçu significa paz; me sinto literalmente em casa quando vou visitar os meus pais e amigos de infância. Minha família sempre me apoiou em tudo, então não posso reclamar. Quero ver todos sempre e morro de saudade quando chega a hora de voltar”, afirma.
Antes de ingressar na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil (ETBB), em Joinville (SC), Wesley teve as primeiras informações sobre a arte na Garra Cia. de Dança de União da Vitória, onde iniciou os estudos de Jazz e Danças Urbanas. Depois, no Grupo Corpo e Dança, em Porto União, conheceu as demais modalidades e conheceu inúmeras pessoas que se destacam na dança no Brasil e no mundo por meio da participação em festivais.
“O Fábio Bianchini, que é o diretor do Grupo Corpo e Dança, criou a Corpo e Dança Cia. de Jazz e foi uma das melhores épocas de minha vida, pois juntamente com o elenco, firmamos várias amizades, fizemos cursos, participamos de festivais, viagem atrás de viagem. Eu até brinco que eu me tornei um adulto antes da época por conta de tanta responsabilidade que eu precisava ter, mesmo sendo novo”, comenta.
Em 2015, Wesley teve a oportunidade de fazer parte da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil.
“Foi uma caminhada de três anos e de muito aprendizado. Tive a oportunidade de dançar na abertura do Festival de Danças de Joinville pela Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em 2016. Em 2017 participei em uma noite competitiva pelo Eliane Fetzer Centro de Danças na modalidade Jazz Sênior e também finalizei meu curso de dança contemporânea na ETBB”, acrescenta.
Wesley, por onde anda?
A vida de Wesley não foi apenas dança e felicidade por levar a arte para centenas de milhares de pessoas. O menino também teve dissabores.
“Em 2016 eu sofri uma lesão no joelho e fiquei sem dançar por quase dois anos. Nesse período também tive outras experiências do mundo artístico. Também trabalhei em um shopping até receber o convite para ingressar no Ballet de Londrina, em 2019, onde me encontro até hoje”.
Paralelamente com a dança, Wesley também fez parte de equipes de basquetebol, futsal, vôlei, xadrez e natação.
“Me encontrei mesmo na dança; é um momento que eu me sinto completo, não há frustrações e tampouco preocupações”.
O menino que começou a dançar aos 11 anos passou parte da sua vida no bairro São Pedro, onde a sua avó mora.
“Minhas principais referências são Fábio Bianchini, Érika Novachi, Eliane Fetzer, Edward Nunes, James B. Whiteside, Grupo Corpo e Ballet da Cidade de São Paulo. Eu consigo visitar meus amigos e familiares no Vale do Iguaçu no final do ano, que é quando estou de férias”.
Planos?
“Na verdade, não é um plano, mas sim um desejo: me tornar mais conhecido pela minha arte e desbravar a cidade de Londrina, pois cheguei aqui junto com a pandemia e ainda não tive a oportunidade de me apresentar. É uma cidade que me surpreendeu positivamente para o lado artístico”.
Sugestão de filme sobre o tema
Se você curte o mundo da dança ou quer saber mais sobre o assunto, que tal assistir Billy Elliot?
O filme narra a história de um garoto de 11 anos que vive numa pequena cidade da Inglaterra, onde o principal meio de sustento são as minas da cidade. Obrigado pelo pai a treinar boxe, Billy fica fascinado com a magia do balé, ao qual tem contato através de aulas de dança clássica que são realizadas na mesma academia onde pratica boxe. Incentivado pela professora de balé, que vê em Billy um talento nato para a dança, ele resolve então pendurar as luvas de boxe e se dedicar de corpo e alma à dança, mesmo tendo que enfrentar a contrariedade de seu irmão e seu pai sua nova atividade.
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