Com a chegada das baixas temperaturas vem também a preocupação com as doenças respiratórias. A concentração de pessoas em ambientes fechados, com pouca circulação de ar, propicia a proliferação dos vírus da gripe e da Covid-19, por exemplo. Resfriados, sinusite, bronquite, crises de asma e pneumonia também exigem atenção.

“Outono e inverno são períodos preocupantes devido ao aumento da permanência em ambientes fechados e menos ventilados, facilitando a propagação de vírus. O ar mais seco também pode irritar as vias respiratórias, aumentando a suscetibilidade a infecções”, explica o otorrinolaringologista Dr. Leandro Mattiola. O profissional também alerta que os grupos que mais preocupam neste período do ano são crianças e bebês, idosos, pessoas com doenças crônicas, gestantes, imunossuprimidos e tabagistas.

Tanto para grupos prioritários quanto para a população em geral, uma das melhores formas de evitar casos graves de doenças respiratórias é a vacinação. “As vacinas são essenciais para prevenir infecções graves, hospitalizações e complicações. Elas reduzem a transmissão de vírus e protegem os grupos vulneráveis. Todos devem ser vacinados, especialmente aqueles em grupos de risco, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades”, comenta Leandro.
No Paraná, desde 02 de maio a vacina contra a gripe é liberada para todas as pessoas com mais de seis meses de idade. Ela é disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades de saúde dos municípios. Em Santa Catarina, a vacinação para todos os grupos começou no dia 03. “O aumento de pessoas imunizadas contribui para menor circulação dos vírus e evita sobrecarga nos serviços de saúde, seja no pronto atendimento, hospitais de pequeno porte, Unidade Básica de Saúde ou na porta dos grandes hospitais. A imunização é nossa principal aliada, por isso quero convocar todos os paranaenses para garantir essa proteção tão importante para a saúde coletiva”, afirma o secretário de Estado da Saúde do Paraná, Beto Preto.

Fique de olho

Os principais indícios de doenças respiratórias são tosse, coriza, dor de garganta, febre, dores no corpo, fadiga e, em casos mais sérios, falta de ar. Para identificar a doença causando tais sintomas é necessário realizar teste, visto que muitas doenças apresentam os mesmos sinais no corpo.

O que fazer quando identificar os sintomas citados? Leandro indica que é importante que o paciente se isole para evitar a disseminação do vírus e que monitore os sintomas. Em caso de febre alta, dificuldade para respirar ou se os sintomas persistirem por mais do que poucos dias é imprescindível procurar ajuda médica. Também é importante que se evite a automedicação. “A automedicação pode mascarar sintomas, atrasar o diagnóstico correto e levar a efeitos colaterais indesejados. É fundamental buscar orientação médica antes de tomar medicamentos”, alerta.

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