Mutirão para coleta de DNA de pessoas que têm parentes desaparecidos

Iniciativa começou no dia 14 de junho em todo o País. Na região de União da Vitória, ação segue por tempo indeterminado

 

Exame realizado na Polícia Científica de União da Vitória (Divulgação)

 

Começou no dia 14 de junho, em todo o País, o mutirão para coletar amostras de DNA de pessoas que têm parentes desaparecidos. Na região de União da Vitória, a campanha seria finalizada no dia 18, porém, foi estendida por tempo indeterminado, ampliando a oportunidade de a comunidade participar da ação.

 

De acordo com a auxiliar de Necropsia da Polícia Científica de União da Vitória, Rafaela Rossi Marques, a adesão ainda está baixa. Até agora, a entidade local realizou uma coleta de DNA e tem outra agendada.

 

“A campanha é uma oportunidade para os familiares encontrarem as pessoas desaparecidas por meio do vínculo genético familiar”, explica.

 

Em União da Vitória, a ação é organizada pela Polícia Científica, e envolve os municípios atendidos pelo órgão, sendo Bituruna, General Carneiro, Cruz Machado, Paulo Frontin, Paula Freitas, Rio Azul, Rebouças, São João do Triunfo, Porto Vitória, Antônio Olinto, São Mateus do Sul e Mallet.


Campanha nacional

 

Surgiu para reforçar o dia 25 de maio, Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, e incentivar à doação de DNA. De acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP), segundo o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em 2020, o total de desaparecidos no país passou de 77.907 em 2018, para 79.275 em 2019. Todos os dias, no Brasil, 217 famílias passam pela angústia de ter um ente querido desaparecido.

 

Pensando nisso, a “Coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas”, tende a ser o fio condutor para reacender a esperança de muitas pessoas.
O lançamento da campanha aconteceu no dia 25 de maio, em uma parceria da Secretaria Estadual da Segurança Pública, por meio da Polícia Científica do Paraná (PCP) e elaborada pelo grupo de trabalho da Rede Integrada de Banco de Perfis Genéticos (RIBPG), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

 

Serão coletadas amostras biológicas de familiares para exame de DNA e inclusão no Banco de Perfil Genético. O trabalho englobará todas as polícias científicas do Brasil, tornando mais fácil encontrar o paradeiro das pessoas desaparecidas em qualquer lugar do país.


Exame

 

A campanha tem o objetivo de acabar com dúvidas das famílias que buscam seus entes desaparecidos. Prevê, ainda, que sejam coletadas, preferencialmente, amostras de dois familiares de primeiro grau, seguindo a ordem de preferência, com os pais em primeiro, depois filhos, pai/mãe do filho e os irmãos. As amostras poderão ser confrontadas com restos mortais não identificados (ossada) e pessoas de identidade desconhecida cadastradas no Banco de Perfis Genéticos, exclusivamente para fim de identificação humana.


Banco de Perfil Genético

 

Foi criado para manter, compartilhar e comparar perfis genéticos a fim de ajudar na apuração criminal e no processo de investigação, inclusive, de pessoas desaparecidas. Até a divulgação do último relatório, em novembro de 2020, o Banco Nacional de Perfis Genéticos contava com mais de 91 mil cadastrados, sendo mais de 5,5 mil mapeados pela Polícia Científica do Paraná.


Serviço

 

Os familiares podem agendar a coleta pelo telefone (42) 3524-1000. A Polícia Científica está localizada na Rua Cel. João Gualberto, 337, no Centro de União da Vitória.

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