Liberdade, igualdade, fraternidade e a maçonaria em nossa região

Já fazem 123 anos que a instituição Maçonaria está nas cidades de Porto União (SC) e União da Vitória (PR). No dia 23 de março de 2019, no Centro Cultural 25 de Julho, foi realizada a cerimônia comemorativa aos 120 anos de instalação da Loja Maçônica União Terceira Luz e Trabalho, que ocorreu em 1889, 27 anos antes da definição dos limites entre os estados do Paraná e de Santa Catarina, em outubro de 1916, com a instalação de Porto União como município catarinense em 05 de setembro de 1917.

Portanto, o nascimento da maçonaria em nossa região foi ainda em território paranaense, passando sua sede a partir de 1917 para Santa Catarina, mesmo assim abrigando cidadãos de Porto União da Vitória e depois Porto União e União da Vitória.

Nesses 123 anos de existência, passaram pela Loja Maçônica União Terceira Luz e Trabalho centenas de cidadãos paranaenses e catarinenses de nossa região, muitos de saudosa memória. Todos foram fundamentais para a concretização da atual Porto União/União da Vitória.


O que é preciso que todos saibam da Maçonaria

A Maçonaria é a mais antiga e a maior organização fraternal do mundo. Com um sistema peculiar de moralidade, a fraternidade é velada por alegorias e ilustrada por símbolos maçônicos.

Não há nenhum estudo que comprove, ao certo, quando e como a Maçonaria foi fundada; acredita-se que a organização surgiu no Egito ou na Grécia Antiga. No entanto, foi na Idade Média que a fraternidade viveu a sua época de ouro. A maioria dos pesquisadores consideram que a origem estaria relacionada aos construtores das catedrais – o significado da palavra ‘pedreiro’ em francês (maçon) reforça tal argumento.

A Maçonaria, essencialmente, é uma instituição filosófica, universal, filantrópica, progressista e educacional, formada por pessoas – cerca de seis milhões – de todas as etnias, credos, nacionalidades e filiações religiosas. A mulher, no Brasil e na maioria das lojas maçônicas espalhadas pelo mundo, não faz a iniciação, ou seja, não é reconhecida como membro.

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Para ingressar na Maçonaria, o pretendente deve procurar um maçom e através deste solicitar o pedido de iniciação. Feito este procedimento, o interessado receberá todas as instruções necessárias para a efetivação de sua integração à fraternidade universal.

Sendo uma instituição iniciática, os novos membros são incorporados através de um ato solene. Este ato de admissão segue o mesmo rito desde às origens da fraternidade. O iniciado deve meditar profundamente sobre os princípios filosóficos que sempre inquietaram a humanidade – uma reforma moral, que tem por objetivo fazer do maçom um homem de bem, orientado pelo lema: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Entre os maçons mais notáveis estão George Washington, Benjamin Franklin, Mozart; no Brasil, Tiradentes, Castro Alves, D. Pedro I. Desde a sua fundação, a instituição é conhecida pelo uso de símbolos. Para muitos, tal simbologia ‘esconde’ as facetas obscuras da sociedade. No entanto, conspiração e desconfiança não fazem parte do universo maçom.

Os Símbolos da Maçonaria, ao contrário do que se supõe, não possuem uma função ritualística. Os símbolos, basicamente, possuem a função de um texto, e cabe a cada membro interpretar e apreender o significado dos mesmos.


Os símbolos maçônicos mais famosos

Esquadro e Compasso

A associação entre o esquadro e o compasso, surgiu em meados do século XVIII.

O esquadro, resultado da união da linha vertical com a linha horizontal, faz referência ao quadrado, ao número quatro. É o símbolo da retidão, imparcialidade, precisão de caráter e da moralidade – o maçom deve regular a sua conduta e ações pela linha e pela régua maçônica.

Já o compasso simboliza o espírito, o princípio de unidade, o pensamento nas diversas formas de raciocínio, como também o fator relativo (círculo) – depende do ponto inicial. Os círculos, quando traçados com o compasso, representam as lojas maçônicas.

Quando unidos, esquadro e compasso representam a importância da associação entre o mundo espiritual e o mundo material.

Letra G

A Letra ‘G’ é a sétima letra na maioria dos alfabetos – 7 é considerado o número da perfeição.

Esse símbolo possui diversos significados, dentre eles: equivale ao Gama grego, que significa conhecimento (de gnose); representa o Grande Arquiteto do Universo, Deus (God, em inglês); além de remeter à geometria ou a quinta ciência, tendo por base os ensinamentos da Escola de Krotona de Pitágoras.

Acácia

Símbolo por excelência da Maçonaria, a acácia é utilizada pelos Mestres como sinal de identificação – associada à lenda do terceiro grau, o seu ramo foi útil para que fosse localizado a sepultura do mestre Hirão, responsável pela construção do Templo de Jerusalém.

A acácia já foi tida, entre os hebreus, na antiguidade, como uma árvore sagrada, símbolo da verdadeira iniciação para uma vida futura, uma nova vida. A planta também representa segurança e clareza, como também inocência ou pureza.

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Colunas

As duas colunas que permanecem dispostas no Templo são os símbolos dos limites criados pelo mundo, do elemento masculino e feminino, da vida e da morte e do ativo e passivo. São também representações das duas colunas do Templo de Salomão.

A coluna da esquerda é chamada de Boaz (Booz, que significa força) e a direita, Joab (Jachin).

Olho que tudo vê

O símbolo faz referência ao Grande Arquiteto do Universo (Deus), que tudo vê e tudo julga – um ser onisciente. Com origens na arte egípcia, o triângulo que carrega um olho em seu centro, está diretamente associado ao princípio criativo que organiza o Universo.

O Delta Luminoso, símbolo da tríplice força, pode ser substituído pelos três pontos. Este último simboliza a Trindade, Deus, a proteção, o Pai, filho e Espírito Santo.

Avental

O avental é um dos elementos principais da maçonaria, sendo o símbolo do trabalho. Geralmente é composto por um retângulo, podendo também assumir as formas de um hexágono ou um semicírculo.

Todo membro iniciado na Maçonaria tem o seu avental – usar a vestimenta lhe confere o direito de entrar em áreas restritas do Templo. As cores variam de acordo com o grau do maçom: branco para os aprendizes e companheiros e branco e vermelho ou azul celeste para os mestres.

Trolha

A trolha representa um importante princípio para os maçônicos. Na construção civil, o instrumento, utilizado pelos pedreiros, desempenha o simples, mas essencial papel de aplicar a massa que assenta os tijolos.

No campo da moral, o símbolo salienta a boa convivência e tolerância entre aqueles que estão unidos pelos fundamentos da maçonaria – a trolha deve ser ‘usada’ para alisar as arestas que podem ou provocam atritos.

 

(Coluna redigida com fundamento em pesquisas sobre a Maçonaria).

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