Gaeco nesta terça em Bituruna, Porto União e Canoinhas

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Atualizado há 3 anos

Homens do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço armado do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) fazem neste momento uma operação na prefeitura de Canoinhas e nas casas do prefeito Beto Passos (PSD) e do vice-prefeito Renato Pike (PL). A revenda de automóveis de Pike também é alvo da operação. Esta é a sétima fase da operação Et Pater Filium, que levou os prefeitos de Major Vieira e Bela Vista do Toldo à prisão.

Estão sendo  cumpridos 14 mandados de prisão – oito preventiva e seis de prisão temporária –  47 mandados de busca e apreensão nos municípios de Canoinhas, Bela Vista do Toldo, Itaiópolis, Porto União e Bituruna (PR), deferidos pelo Tribunal de Justiça do Santa Catarina, em razão da prerrogativa de foro de um dos investigados. Os documentos e objetos apreendidos serão analisados pelas equipes de investigação e apresentados em juízo.

Nesta fase da operação investigam-se crimes de organização criminosa, peculato, fraudes à licitação, corrupção e lavagem de dinheiro referentes a contratos de prestação de serviços nas áreas de educação e infraestrutura. 

Participam da operação mais de 140 agentes, entre policiais, integrantes do Gaeco e do Grupo Especial Anticorrupção (Geac) e demais forças de segurança pública, além de integrantes do Gaeco do Paraná,  do Instituto Geral de Perícias (IGP) e da Secretaria da Administração Prisional e Gaeco do Paraná.

O trabalho é fruto do desdobramento das investigações realizadas das fases anteriores da Operação Et Pater Filium em que se apuraram crimes contra a administração pública e outros na região do planalto norte, envolvendo agentes públicos e particulares.

Um força tarefa integrada por promotores de Justiça foi criada pela Procuradoria-Geral de Justiça  para acompanhar e auxiliar em todos os desdobramentos da Operação Et Pater Filium que já atinge a sua 7ª fase. Mais informações não podem ser prestadas em razão do sigilo do processo, informa a assessoria do MPSC.

Até o momento os integrante da força tarefa já fizeram uma devassa na prefeitura. Funcionários estão do lado de fora dos seus respectivos setores, impedidos de entrar. A operação é coordenada pelo promotor de Justiça Renato Maia de Faria.

A operação – Et Pater Filium

Desencadeada em agosto do ano passado, a Operação Et Pater Filium está na sua sexta fase e parece longe de acabar. Já foram presos os prefeitos de Major Vieira, Orildo Severgnini (mandato encerrado no ano passado) e o de Bela Vista do Toldo, Adelmo Alberti (PSL), além de ex-secretários, empresários e um vereador. Dezenas de mandados de busca e apreensão foram cumpridos por policiais e agentes do Gaeco, braço armado do Ministério Público de Santa Catarina, que conduz as investigações. A operação começou com uma conversa grampeada de um funcionário do DER do Paraná suspeito de corrupção. O fio da meada foi puxado e desencadeou o maior escândalo político da história do Planalto Norte catarinense.