O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a segunda fase da operação “Arquivo-Morto” para apurar irregularidades contratuais em Câmara de Vereadores de Timbó Grande.
Estão sendo cumpridos 32 mandados de busca e apreensão e dois mandados de suspensão do exercício da função pública, expedidos pelo Poder Judiciário catarinense.
Na manhã desta terça-feira, 11, o Gaeco e o Grupo Especial Anticorrupção (Geac) do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), em apoio à investigação conduzida pela Promotoria de Justiça da Comarca de Santa Cecília, deflagram a segunda fase da operação, que visa desarticular suposto esquema criminoso que tem causado prejuízos à administração pública de Timbó Grande.
Nesta segunda fase da operação, o foco da investigação são possíveis irregularidades em contratos públicos firmados pelo Poder Legislativo de Timbó Grande, supostamente maculados por fraudes em orçamentos e superfaturamentos, falsificação de documentos, peculato e corrupção, além de possíveis irregularidades no pagamento de diárias, e envolvem um vereador e um servidor comissionado local, além de empresários que teriam aderido ao esquema.
Os 32 mandados de busca e apreensão e os dois mandados de suspensão do exercício da função pública foram expedidos pela Vara Única da Comarca de Santa Cecília, e a execução das ordens está ocorrendo nos municípios de Timbó Grande, Videira, Caçador, Canoinhas, Irani e Ipumirim, em Santa Catarina, bem como no município de Erechim, no Estado do Rio Grande do Sul.
Participam da operação dois promotores de Justiça e 59 policiais integrantes do Gaeco, e 19 viaturas estão sendo empregadas na operação. A Polícia Civil de Santa Catarina, por meio da Divisão de Investigação Criminal de Canoinhas, e a Polícia Rodoviária Federal, também prestam apoio ao cumprimento das ordens judiciais.
O delegado da DIC de Canoinhas, Darci Nadal Jr, confirmou o cumprimento do mandado em Canoinhas, mas não revelou onde foi cunprido.
A investigação prossegue em segredo de justiça.
ARQUIVO MORTO
O nome da operação deve-se às informações coletadas pela Promotoria de Justiça, no sentido de que, quando os procedimentos licitatórios fraudados foram descobertos por um dos servidores do legislativo municipal, este os escondeu no arquivo-morto para que não fossem mais adulterados ou destruídos pelos investigados.
Na primeira etapa, deflagrada em fevereiro de 2024, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Timbó Grande.