Se tem um ditado popular que nunca deixa de ser válido é aquele que diz que nada na vida é de graça.
Por mais que muitas empresas tentem vender a ideia de gratuidade, sabemos que tudo tem um custo – esteja ele explícito ou não. Isso é particularmente verdadeiro quando pensamos em aplicativos de celular. Eles podem até não cobrar dinheiro de seus usuários, mas certamente estão sendo pagos de alguma outra forma. Continue lendo e entenda o que está por trás dos aplicativos gratuitos.
A face oculta do “grátis”
Em meados de 2023, a maior parte dos aplicativos disponíveis na Google Play Store e na Apple App Store eram gratuitos. E como será que os seus desenvolvedores geravam receita para manter essas plataformas ativas? Abaixo estão algumas das principais estratégias adotadas:
Publicidade
Uma das fontes de renda mais comuns dos aplicativos é a publicidade. E isso não se limita apenas aos anúncios vistos no aplicativo. Os usuários podem se deparar também com propagandas na tela inicial ou ainda receber pop-ups quando menos estiverem esperando. O preço a ser pago, então, é nada menos que a sua atenção e os seus dados.
Coleta e venda de dados
Além dos anúncios, muitos aplicativos gratuitos geram receita coletando e vendendo informações pessoais dos usuários, por mais antiético que isso possa parecer. Esses dados podem incluir localização, hábitos de navegação, contatos e até mensagens pessoais. Os compradores desses dados são, em geral, anunciantes e profissionais de marketing terceirizados, que utilizam as informações para criar anúncios direcionados. Essa é uma prática que levanta muitas preocupações com a privacidade do usuário.
Modelo Freemium
Outra estratégia bastante comum é a do modelo freemium: uma versão básica e gratuita, acompanhada da possibilidade de assinar uma versão paga, com recursos avançados, conteúdo premium e uma experiência sem anúncios. Esse modelo é predominante em aplicativos de jogos, mas também muito comum em outros aplicativos populares, como Spotify, Duolingo e Tinder.
Dicas de como proteger a sua privacidade
Como você pode ver, um dos grandes alvos dos aplicativos gratuitos são os dados pessoais dos usuários. Como, então, se proteger contra esses riscos à privacidade e segurança online? Veja algumas dicas a seguir:
- Usar uma VPN:uma VPN Brasil de confiança pode ajudar a proteger sua atividade online contra rastreamento de informações por aplicativos e sites. Ao criptografar sua conexão com a internet, essa ferramenta consegue impedir que aplicativos gratuitos coletem seus dados. Além disso, a VPN pode bloquear anúncios e malware que geralmente estão incorporados em aplicativos maliciosos gratuitos. Mas atenção: é importante priorizar serviços de VPN pagos e seguros, porque os gratuitos, como os demais aplicativos discutidos aqui, podem trazer riscos de privacidade.
- Ler as Políticas de Privacidade: antes de baixar qualquer aplicativo, o usuário deve ler a sua política de privacidade. Lá constarão todos os detalhes sobre quais dados o app coleta, como eles são usados e se são compartilhados ou vendidos a terceiros.
- Limitar permissões de aplicativos: para ter maior segurança e privacidade, é recomendável conceder aos apps apenas as permissões necessárias. Muitos aplicativos diferentessolicitam acesso aos seus dados pessoais ou recursos do dispositivo que não são essenciais para o seu funcionamento. Por exemplo, um aplicativo de calculadora não precisa ter acesso aos seus contatos ou localização.
- Priorizar aplicativos pagos: às vezes, vale a pena pagar por um aplicativo para evitar as armadilhas das versões gratuitas. Além de oferecerem serviços de melhor qualidade, os aplicativos pagos são muito menos propensos a depender de publicidade invasiva ou da venda de dados para obter receita.
Muitas vezes, o barato pode sair caro, e o verdadeiro custo dos aplicativos gratuitos pode ser a exposição dos dados dos usuários. Por isso, em termos de privacidade, é preferível optar por opções pagas, que oferecem serviços de melhor qualidade e maior segurança.