Coluna Milho no Monjolo, de Odilon Muncinelli, completaria 20 anos nesta semana

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Atualizado há 2 anos

Na próxima terça-feira, 11, a Coluna Milho no Monjolo completaria 20 anos ininterruptos de Jornal O Comércio.

A história de Odilon Muncinelli com o jornal é mais do que especial. Dos quase 92 anos de história de O Comércio, Odilon conviveu com o Jornal por mais de 50 anos. Desde o dia 23 de maio de 1970, pois nessa data publicou sua primeira crônica “Brasil, Campeão do Mundo”. Depois, continuou publicando outras crônicas e, principalmente, necrológios biográficos de homens e mulheres ligados à Justiça e à Literatura, e, além de outras pequenas biografias.

Na coluna Milho no Monjolo da última sexta-feira, 07, Odilon publicou uma nota comemorando os 20 anos de Milho no Monjolo.

VINTE ANOS

Na próxima terça-feira, dia 11, a Coluna Milho no Monjolo completa 20 anos de profícua e valiosa existência em favor da Cultura Local e Regional, com circulação praticamente ininterrupta nas páginas deste Jornal O Comércio. Assim e por isto, este Colunista transcreve um texto escrito pela velha amiga, escritora, historiadora e memorialista Therezinha Leony Wolff, por ocasião dos 15 anos: “Milho no Monjolo. Quando pela vez primeira li o título da coluna “Milho no Monjolo”, fiquei matutando o porquê do nome. Sabendo que seu autor era o amigo Odilon Muncinelli fui deduzindo: ele não foge a identidade. Milho, o cereal já no Brasil desde os indígenas, debulhado ou triturado em partículas serve a alimentação dos seres vivos. Até aí, de forma empírica, comparei partes e partículas do milho como palavras, que reunidas em notas formam ideias. No todo, notas ordenadas em colunas. Aí estava o milho, muito ou pouco, moído no monjolo. Mas por que moído no monjolo? Não poderia ser só moído? Veio-me então a lembrança do monjolo que eu também conhecia. Uma peça usada desde a moagem até a hidroelétrica. Formada por uma haste de madeira, movida por água para pilar grãos. Certamente o amigo Odilon Muncinelli estendeu sua memória até o Porto Almeida, onde conhecera e até dele se servira pois seu pai, o senhor Cicero Muncinelli fora sempre proprietário de animais. Era tropeiro, tempo de debulhar o milho. Tempo em que menino, calças até as canelas, de brim riscado e suspensórios do mesmo tecido, corria descalço pela grama catando grilos, escorregando nos barrancos, abraçando troncos das árvores para alcançar os galhos e colher frutos maduros, sentir o cheirinho deles cozinhando no tacho, mergulhando ou pescando na “Beira do Iguaçu”. Não, ele não deixa suas origens! A leitura das notas levou-me ao conjunto, a uma unidade de fins que são úteis àqueles que desejam conhecer diferentes assuntos e também conhecer sentimentos humanos. Já elaborada há 15 anos, a Coluna “Milho no Monjolo”, amigo, demonstra o quanto valeu a sua experiência no Judiciário, sua atuação na Academia de Letras do Vale do Iguaçu e no Instituto Histórico e Geográfico do Paraná. São anos de assuntos partilhados por muitos através do que escreve e daqueles que o procuram por seu mérito pessoal, de generosidade do poeta que também é. Há um sincero agradecimento pelo farto material que, semanalmente, coloca a disposição da comunidade. Um agradecimento pela capacidade de trabalho, que embora a sua dificuldade visual é realizado com alguma colaboração, sempre sem  perder  o ânimo para fazer o seu “Milho no Monjolo.” Muita saúde e alegria junto aos que lhe querem bem! Therezinha Leony Wolff”. Sensibilizado, este Colunista agradece as palavras tão elogiosas e explicativas!