Micheli Coelho, viúva de Everson Moreira, desabafou publicamente após o brutal assassinato de seu marido no último dia 14 de março, enquanto aguardava o ônibus para o trabalho no bairro São Pedro, em Porto União.
Everson, um homem honrado e trabalhador, era o companheiro de Micheli há duas décadas e pai de dois filhos. “Eu não me conformo”, lamenta ela, ainda atônita com a tragédia.
No fatídico dia do crime, Everson, como de costume, levantou cedo para ir trabalhar. Contudo, por volta das 6h30 daquela quinta-feira, tudo mudou. Ele foi alvejado por dois disparos de arma de fogo que atingiram fatalmente sua cabeça. Apesar dos esforços médicos, no dia seguinte, os exames confirmaram sua morte cerebral.
Micheli autorizou a doação de órgãos do marido, duas equipes vieram a Porto União realizar a captação.
A Polícia Civil de Porto União está conduzindo as investigações do caso. O delegado responsável afirmou que diversas linhas de investigação estão sendo exploradas, e todas as informações fornecidas pela comunidade estão sendo minuciosamente analisadas.
Neste último sábado, 22, exatos nove dias após o crime, familiares e amigos organizaram uma manifestação pacífica, que percorreu as principais vias de União da Vitória e Porto União, culminando na Praça Hercílio Luz. As faixas carregadas durante o protesto exigiam justiça para Everson, conhecido pelo apelido “Sagui”.
“Ele não merecia”, desabafa Micheli, entre lágrimas, enquanto clama por respostas para as perguntas que agora assolam sua família. “Meu marido saiu de casa para trabalhar e eles saíram para matar”.
Uma testemunha relatou que os disparos que tiraram a vida de Everson partiram de uma dupla que estava em uma motocicleta. Ambos estavam com capacetes, o que dificultou a identificação. Everson ainda tentou fugir, mas infelizmente foi atingido.
A família de Everson promete mais manifestações, determinada a não deixar que o crime caia no esquecimento. “Queremos justiça”.