A Polícia Ambiental de Guarapuava, Centro-Sul do Paraná, apreendeu mais de 3 mil metros de redes e demais materiais de pesca predatória no último final de semana, nos reservatórios de usinas hidrelétricas da região.
Em Pinhão, na usina Governador Bento Munhoz da Rocha Netto (Foz do Areia), pescadores foram flagrados com 1,1 mil metros de redes e tarrafas, além de uma fisga e 200 metros de espinhel. Na usina Governador Ney Braga (Salto Segredo), em Mangueirinha, Sudoeste do Estado, foram apreendidos 253 metros de espinhel, 78 bóias, tarrafas e mais de 2,1 mil metros de redes. Todo o material será destruído pela Polícia Ambiental.
A pesca de espécies nativas está proibida desde o último novembro em todos os rios do Paraná devido à piracema, época em que a maioria das espécies se reproduz. Até 28 de fevereiro, espécies como dourado, lambari, bagre, jaú e pintado, entre outras, estão protegidas, de acordo com instrução do Ibama, e reforçada no Estado por portaria do IAP (Instituto Ambiental do Paraná).
Além da pesca, são fiscalizados também o transporte e a comercialização de pescados. Transportadores e estabelecimentos comerciais, como peixarias e supermercados, precisam apresentar declaração do estoque nos escritórios regionais do IAP para que as espécies nativas possam ser comercializadas.
Durante a piracema, a pesca embarcada de peixes nativos é permitida somente em reservatórios artificiais, e a pesca de espécies consideradas exóticas, como bagre-africano, carpa, corvina e outras, também é liberada.
Nesse período também são permitidos os campeonatos e gincanas de pesca em águas continentais, desde que o animal capturado seja devolvido. A pessoa que for flagrada pescando em desacordo com as restrições, será enquadrada na lei de crimes ambientais. A multa é de aproximadamente R$ 700,00 por pescador e mais R$ 20,00 por quilo de peixe pescado, além da apreensão dos materiais utilizados para a pesca.
Reportagem do Portal RBJ