Assembléia em foco

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Atualizado há 10 anos

Discriminação

O deputado federal Reinhold Stephanes participou nesta semana da reunião da Comissão Especial da Agenda Paraná, cujo objetivo é elaborar um documento que estabeleça prioridades e que aprimore a relação do Estado com a União. Ele fez um relato contundente dos prejuízos que o Paraná vem sofrendo por conta da desatenção do governo federal e da falta de representatividade na Federação. O deputado criticou a recente medida do governo federal que zerou a taxa de importação do trigo, prejudicando assim os produtores do estado que fazem a colheita em agosto. Falou também do pedágio e afirmou que, sem uma participação federal, será difícil mudar o quadro nas rodovias federais que cortam o estado. “Estamos diante de uma situação absurda que não tem solução em curto prazo. Dois terços das rodovias que passam pelo Paraná são federais. Portanto, nenhum governador conseguirá solucionar esse problema se não houver uma organização política mais firme e permanente com esse objetivo”.

Crítica I

Em visita ao deputado Valdir Rossoni, presidente da Assembleia Legislativa, o senador Alvaro Dias fez duras críticas ao governo federal, tanto em relação à liberação dos empréstimos ao Estado, como para a demora da chegada dos recursos para os atingidos nas enchentes causadas recentemente pelas fortes chuvas. “É uma discriminação odienta que pretende atingir o governador Beto Richa. Eles se esquecem que tal atitude está prejudicando todo o povo do Paraná. O governo federal coloca nosso Estado em segundo plano. É um desrespeito que não podemos admitir.” O senador também citou o tratamento diferenciado dado ao estado no caso das recentes chuvas que afetaram mais de 800 mil pessoas. “As enchentes arrasaram muitos municípios e o governo federal está insensível à causa. Prometeu e está demorando para liberar os recursos. É uma falta de competência e eficiência em prejuízo ao nosso estado.”

Crítica II

O deputado Rossoni lembrou que a presidente Dilma Rousseff esteve no Paraná no dia 17, disse que nunca tinha visto situação parecida e que não discutia sobre liberação de dinheiro para estes casos, pois era uma questão humanitária. “Autorizaram o envio de R$ 2,1 milhões, depois disseram que a ajuda viria em forma de kits. Na terça, 24, depois de uma semana, o dinheiro foi enfim liberado. Se é ineficiência ou trapalhada, não se sabe, mas vários municípios do Paraná ainda estão embaixo d’água. O governo do Estado se desdobra em atender os atingidos pelas chuvas, mas não se pode falar o mesmo do governo federal.”

Orçamento

A Comissão de Orçamento concluiu a análise da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e entregou o documento ao presidente Valdir Rossoni, que definirá quando ela será votada. Regimentalmente a lei precisa ser aprovada até o dia 17 de julho. Das 17 emendas parlamentares apresentadas ao projeto original do Executivo, sete foram acatadas integralmente, uma parcialmente, e nove foram rejeitadas pela comissão. As emendas são relacionadas principalmente às áreas sociais, de infraestrutura e modal urbano, além de saúde. A previsão total de receitas para o próximo ano será de R$ 39,7 bilhões, um aumento de 11%. A educação deverá receber R$ 7,7 bilhões (30%) e R$ 3,08 bilhões serão destinados à saúde (12%).