ELEIÇÕES 2016: O que espera os novos prefeitos e vereadores em 2017

Desafios prometem dor de cabeça para os futuros gestores municipais

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Atualizado há 8 anos

O Brasil passa pela sua pior crise econômica e política da história. A Operação Lava Jato é o desmonte de apenas uma de várias estruturas de corrupção orquestrada, administrada e usufruída por políticos, desde a Presidência da República até gabinetes de prefeitos. Isso se reflete na campanha eleitoral, que fica muitas vezes sem nenhum indicativo de entusiasmo por parte dos eleitores. Como as eleições são para a escolha de prefeitos e vereadores, as cidades de União da Vitória e Porto União têm alguns desafios para os novos administradores e legisladores.

Em União da Vitória, os problemas financeiros se constituem na dor de cabeça da atual gestão, que conseguiu driblar a crise até agora. O novo prefeito vai ter de se preocupar em pagar os funcionários, as contas da prefeitura e administrar a crise financeira agravada por conta da dívida da prefeitura com o Fundo de Previdência Municipal, entre outros.

Em Porto União algumas situações que União da Vitória atravessa não são sentidas, mas o interior do município é maior e a demanda no setor de Saúde também aumentou. Por outro lado a prefeitura briga contra o limite prudencial de gastos com salários dos servidores efetivos e comissionados.

As cartilhas dos candidatos ainda não estão prontas, mas os desafios já se mostram gigantescos. Como a campanha é curta, o eleitorado quer ouvir e entender as propostas, não só como promessas eleitorais, mas como um compromisso de administrar com coragem de enfrentar a crise, mesmo correndo risco de ser impopular. Uma vantagem neste momento é que a reforma eleitoral já ajuda aos novos administradores. Com o fim da reeleição o prefeito tem condições de trabalhar duro por quatro anos sem se preocupar com sua popularidade ou cumprir o primeiro mandato de olho no segundo.

DESAFIOS DOS PRÓXIMOS ADMINISTRADORES

UNIÃO DA VITÓRIA

– Como solucionar o rombo da dívida da prefeitura com o Funprevi sem comprometer os investimentos em Saúde, Educação, Infraestrutura e Habitação;

– Como melhorar a arrecadação municipal com os poucos impostos em que a Receita fica com o município;

– Como melhorar a qualidade de atendimento na atenção básica da saúde, com a garantia de médicos, enfermeiros, especialistas e remédios;

– Como garantir investimentos em infraestrutura nos novos conjuntos que apareceram após a concretização do Minha Casa Minha Vida, com creches, postos de saúde, escolas, transporte, rede de esgoto, iluminação adequada, etc;

– Como garantir novo acesso para desafogar o tráfego entre o centro e o Distrito de São Cristóvão;

– Como sinalizar e aparelhar a sinalização nos pontos críticos da cidade, com semáforos, lombadas eletrônicas e melhores condições de trafegabilidade e acessibilidade;

– Como ampliar vagas em creches, escolas municipais e aumentar a oferta de transporte de alunos, demanda crescente com a implantação de novos núcleos populacionais no Distrito de São Cristóvão e na Zona Sul da cidade;

– Como garantir a continuidade da renovação do parque de máquinas da prefeitura;

– Como administrar com a estrutura enxuta com menos cargos comissionados e sem realizar novos concursos públicos?

PORTO UNIÃO

– Com a queda da arrecadação, e a consequente crise financeira, o próximo prefeito terá que administrar com poucos colaboradores, além dos efetivos;

– A necessidade de redução de secretarias e por consequência dos cargos em comissão;

– A demanda crescente na saúde de atenção primárias, com ampliação de postos de saúde, contratação de médicos, enfermeiros e especialistas;

– Necessidade de contratualizar atendimento com o Hospital São Braz, que atravessa uma grave crise financeira;

– Sequência na ampliação e reforma da estrutura das escolas públicas municipais, aumentando substancialmente a oferta de vagas em creches públicas;

– Resolver a crise do setor de habitação, onde obras com recursos federais estão paradas ou incompletas;

– Construção de um novo centro poliesportivo municipal, já que a administração perdeu o único ginásio municipal;

– Ter poder político para pressionar o Governo do Estado para resolver os problemas nas rodovias estaduais como as SCs 478 e 135;

– Aumentar a arrecadação municipal;

– Criar e cumprir uma política de reposição salarial para o funcionalismo público.