A poucos dias das eleições municipais, o professor Aloísio Witiuk recebeu o promotor de justiça de União da Vitória, André Luis Bortolini. Na ocasião, a entrevista de quase uma hora, servirá para esclarecer dúvidas que a maioria do eleitorado de União e Porto União ainda tem sobre o dia das eleições e o momento do voto. Na conversa o promotor explica, num formato bem dinâmico, sobre o que pode e o que não pode ser feito no dia 2 de outubro. Além da conduta que eleitor e candidato devem seguir na data.
Os questionamentos são básicos, mas necessários para esclarecimentos, frisa o professor durante a conversa. Alguns tópicos, como quem pode se candidatar, cotas estabelecidas para candidatas mulheres, o que é permitido fazer na urna, votos brancos e nulos e reeleição serão tratados a partir das 11 horas nas ondas da Super Rádio União. Essa será a segunda parte da entrevista. “Precisamos dialogar, mesmo que brevemente aos eleitores que vão às urnas em uma semana”, fala o promotor.
Sobre quem pode se candidatar, as regras, segundo Bortolini, são bem claras. Para à Câmara de Vereadores aos 18 anos, para o Executivo, apenas com 21. “A ideia do legislador é a maturidade, por isso, conforme o cargo uma idade inicial”, comenta.
Já com relação às mulheres, o pedido é que ao menos 30% da coligação seja formada por candidatas. Contudo, elas não podem nem devem entrar para a política “para cobrir cotas”, alerta o promotor. “A pertinência de falar isso no momento é: não basta que as mulheres se inscrevam como candidatas, elas precisam participar efetivamente da política enquanto candidatas”, argumenta. “Sob pena de se possibilitar a cassação de toda a chapa, inclusive dos homens que concorreram, caso não participem do processo eleitoral”, fala. Nesse caso o Ministério Público está constantemente em conversa com todas as coligações para fiscalização. “A ideia é que não haja fraude nas eleições, nem mesmo nesse ponto.”
Para Bortolini a política precisa da figura feminina. “Que as mulheres fazem tão bem em todos os espaços, também comecem a colaborar na esfera política”, diz.
Outro ponto debatido será o limite máximo de campanhas, o que para o promotor, é uma porta fácil para o Caixa 2. “Para prefeito o limite máximo é cerca de R$ 392 mil. A ideia é transformar a eleição mais igual, reduzir o excesso econômico”, fala.
Uma terceira discussão será sobre o valor do voto. “O importante é que as pessoas sigam sua linha ideológica. Mas tanto o voto branco quanto o nulo a consequência é a mesma, não produz efeito algum”, justifica. Contudo os dois votos são válidos, mas um pode beneficiar mais determinado candidato. “Numa cidade hipotética de 100 eleitores, o candidato à prefeito, para se eleger, teria que fazer 51 votos se todos votassem validamente. Se por exemplo metade dos eleitores votarem branco ou nulo nós temos 50 votos válidos. Então aquele candidato que teria que fazer 51, com 26 votos ele está eleito”, explica.
O promotor também irá falar sobre a segurança do voto e o perigo em expor sua decisão em redes sociais, por exemplo. “Não pode tirar selfie, sob a pena inclusive de prática de crime. E certamente é um crime que vai se materializar com facilidade”, brinca Boldori.
Acompanhe
O programa “Momento da Educação”, começa às 11 horas, deste domingo, 25, pelos microfones da Super Rádio União.