Janela partidária será aberta na próxima semana

Partidos querem aumentar bancadas, mas prefeitos e vereadores querem garantir reeleição

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Atualizado há 9 anos

Divulgação/TSE
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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), vai promulgar, no próximo dia 18, a emenda constitucional que abre a “janela partidária”. Os senadores aprovaram parte da PEC 113/2015 no dia 9 de dezembro de 2015, em dois turnos e com 61 votos favoráveis, para possibilitar que os detentores de mandatos eletivos possam deixar os partidos pelos quais foram eleitos nos 30 dias seguintes à promulgação da Emenda Constitucional, sem perder o mandato. A desfiliação, porém, não será considerada para fins de distribuição do dinheiro do Fundo Partidário e do acesso gratuito ao tempo de rádio e televisão. A partir daí, ficará estabelecido o prazo de 30 dias para que detentores de mandatos troquem de partido sem o risco de perder o mandato por infidelidade partidária.

O objetivo passa pelas eleições de outubro, mas serve mais aos interesses dos deputados federais e estaduais, que tentam fugir da sobra do PT, desgastado por escândalos de corrupção. A ordem nos partidos é ficarem neutros ou bem longe do PT. Alguns partidos aliados querem engordar suas bancadas para se fortalecer para as eleições de 2018.

 

Em Santa Catarina

Em Santa Catarina, o estratagema, que parece ser um dos grandes objetivos subliminares da reforma, ajudará a aliviar o desconforto, envolve, por ora, pelo menos dois petistas: os deputados estaduais Padre Pedro Baldissera e Neodi Saretta. Ambos têm deixado claro às bases um certo descontentamento com a bancada na Assembleia, algo ainda distante de consolidar uma saída. Outro nome lembrado, mas na seara federal, é o do deputado João Rodrigues (PSD), que nega a possibilidade com certa veemência, mas a especulação em torno dele tem crescido. A dança das legendas deve ter proporções medianas em Santa Catarina.

 

No Paraná

Reprodução/Blogafonte
Reprodução/Blogafonte

No Paraná são esperadas mudanças no PT, PMDB, PSDB, PPS e PMN – principalmente nos legislativos estadual, federal e municipais e no comando das prefeituras. Uma delas aponta ao deputado Luiz Claudio Romanelli, líder do governo na Assembleia Legislativa, que pode trocar o PMDB pelo PSB. A desfiliação, no entanto, não será considerada para fins de distribuição do dinheiro do Fundo Partidário e do acesso gratuito ao tempo de rádio e televisão. O troca-troca de partidos promete ser muito mais profundo do que se possa imaginar no Paraná. No entanto todas as mudanças ainda estão nas cadernetas, dentro dos escritórios políticos da capital.

Movimentações locais

Em União da Vitória, algumas mudanças são tidas como certas e outras estão em negociação. É o caso dos vereadores Daniel Rocha, Valdecir Ratko e do suplente Clarito de Nivardo Barbosa. Ratko e Barbosa devem sair dos seus partidos PSDB e PP, respectivamente, com endereço certo: o PSC. Já o vereador Daniel Rocha pode trocar o PMDB pelo DEM para ser candidato na chapa majoritária. Outro vereador que vai trocar de legenda é o licenciado Luilson Schwartz, que deve trocar o PTB pelo PSB. Não se descarta nem a possibilidade de o prefeito Pedro Ivo Ilkiv (PT) trocar de partido. Seu destino seria o PSD.

Em Porto União o PMDB está pressionando o prefeito Anízio de Souza a trocar o seu PT pelo partido presidido por Renato Stasiak. O atual vice-prefeito, Aloísio Salvatti, que está no PMDB, pode ir parar no DEM. Alguns vereadores e ex-vereadores também podem procurar partidos com mais chances de eleição.

 

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