O TRE-SC foi o primeiro do país a instalar o Comitê de Combate às notícias falsas, ou fake news. Depois dos ataques contra a Justiça Eleitoral no país inteiro, os sistemas desenvolvidos aqui serviram de base para muitos outros estados e para o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com Denise Schlickmann, secretária de Controle Interno e Auditoria e coordenadora do Grupo de Combate a Fake News do TRE-SC, disse que foram adotadas várias medidas e feitas triagens em relação a todas as informações que exigiram esclarecimentos. O foco maior foi justamente nas fake news que atacavam a credibilidade da Justiça Eleitoral. “Produzimos respostas técnicas imediatas para que houvesse a verdadeira informação para o eleitor. E naquelas que era necessário, investigamos, retiramos do ar e o próximo passo é a responsabilização. Fizemos solicitações diretas ao Ministério Público Eleitoral e à Polícia Federal. Alguns sites e perfis de Facebook chegaram a ser retirados do ar”, explicou a coordenadora.
Ela explicou que Santa Catarina serviu de modelo porque constituiu um grupo de ações imediatas. “No TSE não havia essa articulação até aquele momento (primeiro turno) e nós começamos a fazer por Santa Catarina. Quando o TSE decidiu constituir um grupo nacional, o nosso padrão já estava pronto. Nossa forma de trabalhar já estava constituída e passou a ser seguida.”
A reação foi necessária porque a Justiça Eleitoral foi surpreendida com as fake news contra o processo eleitoral e a credibilidade do seu trabalho, especialmente com as urnas eletrônicas. Todo o preparativo tinha como objetivo combater as fake news entre os candidatos e que pudessem desestabilizar as eleições.