Conheça o próximo presidente do Brasil

·
Atualizado há 6 anos

Faltando pouco mais de uma semana para o segundo turno das eleições presidenciais de 2018, o eleitor tem duas opções: Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando Haddad (PT). Mas você sabe quem são os candidatos, de onde vieram e suas respectivas trajetórias? Pensando nisso, O Comércio preparou um perfil dos dois candidatos para que, na hora do voto, você eleitor, saiba nitidamente quem são os aspirantes à presidente da República Federativa do Brasil. A apresentação dos dois candidatos será em ordem alfabética.

Fernando Haddad

fernandohaddad-pt-politicoFernando Haddad nasceu em São Paulo, 25 de janeiro de 1963, formou-se bacharel em Direito na Universidade de São Paulo (USP) em 1985 e se especializou em Direito Civil. Mestre em Economia e doutor em Filosofia também pela USP, Haddad foi professor de Teoria Política Contemporânea da universidade. Haddad seguiu para a política ainda em seus tempos de faculdade, quando se filiou ao PT em 1983 e virou tesoureiro do Centro Acadêmico XI de Agosto, entidade dos estudantes do Largo São Francisco.

Chegou a trabalhar como analista de investimento no banco Unibanco, mas em 2001, quando Marta Suplicy assumiu a Prefeitura de São Paulo, se tornou subsecretário de Finanças e Desenvolvimento Econômico da cidade. Dois anos mais tarde, foi para Brasília trabalhar como assessor especial do Ministério do Planejamento e Finanças na gestão Guido Mantega (2003-2004). Enquanto estava no cargo, foi convidado por Tarso Genro, então ministro da Educação, para ser secretário-executivo, uma espécie de número dois na pasta.

Em 2005, Genro deixou o ministério para comandar a presidência do PT, em meio à crise do escândalo do Mensalão, e Haddad assumiu o ministério. No governo Dilma manteve-se no cargo, deixando de ocupá-lo em novembro de 2011, quando foi lançado candidato do PT na corrida municipal em São Paulo.  Tornou-se réu por improbidade administrativa em agosto de 2018 por supostas irregularidades nas ciclovias instaladas na cidade durante sua gestão. O segundo de três filhos, o petista tem origem libanesa e é filho de Khalid Haddad e Norma Thereza Goussain Haddad. Com cinco livros publicados, Haddad é casado há mais de 25 anos e é pai de dois filhos, Carolina e Frederico.

Fernando Haddad é candidato à Presidência da República pelo PT nas eleições de 2018, liderando a chapa no lugar de Lula, que está preso e que teve a candidatura indeferida. Disputa, agora, o segundo turno com o candidato do PSL, Jair Bolsonaro.

 

Jair Bolsonaro

bolsonaro-politico-pslCapitão reformado do Exército, Jair Bolsonaro (PSL), 63, disputa pela primeira vez a Presidência da República. Ele tenta se vender como outsider na política, ou seja, um indivíduo que não pertence a um grupo determinado, mas está no sétimo mandato como deputado federal. De mais de 170 projetos de sua autoria, apenas dois viraram lei. Seus quase 30 anos na Câmara foram pautados pela adoção de um discurso agressivo e radical, incluindo ataques a gays e mulheres, defesa da ditadura militar, de um novo golpe de Estado, assassinato de criminosos, entre outros pontos.

Para se preparar para a corrida presidencial, Bolsonaro trocou no início do ano o PSC do Pastor Everaldo, pelo PSL, legenda que nesta legislatura que se encerra em fevereiro de 2019 conta, além dele, com apenas outros sete deputados federais, entre eles o seu filho, Eduardo Bolsonaro (SP). Antes, passou por outros cinco partidos: PPB, PDC, PPR, PFL, PTB e PP. Bolsonaro decidiu começar uma campanha ao Palácio do Planalto antes de 2018. Nos últimos três anos, percorreu diversos estados brasileiros fazendo carreatas e eventos em aeroportos.

Ele lidera atualmente as pesquisas de intenção de votos para o segundo turno das eleições presidenciais. Sua popularidade se deve ao discurso antipetista e de combate à corrupção. Além disso, o presidenciável ficou conhecido entre seus fãs como um político “destemido” por dizer o que pensa sem se importar em parecer preconceituoso. Bolsonaro terminou o primeiro turno como o candidato a ser batido, e as primeiras pesquisas de intenção de votos no segundo turno assinala seu crescimento mais acentuado e é apontado como um fenômeno eleitoral.

No dia 6 de setembro de 2018, Jair Bolsonaro foi esfaqueado no abdômen no momento em que estava no meio de uma multidão fazendo campanha eleitoral na cidade mineira de Juiz de Fora. Bolsonaro foi levado para a Casa de Misericórdia, onde se submeteu a uma cirurgia. A facada atingiu o intestino delgado e o intestino grosso. Depois da cirurgia, Bolsonaro foi transferido para o Hospital Albert Einstein em São Paulo. No dia 13, depois de diagnosticado com aderência no intestino, Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia de emergência e encontra-se em recuperação. O agressor foi preso e levado para a Polícia Federal para prestar esclarecimentos e se encontra preso por tempo indeterminado.