Nas pesquisas de intenção de voto realizadas desde o início da campanha eleitoral sobre a disputa majoritária no Paraná, o governador Beto Richa (PSDB) lidera em todos levantamentos, segmentos e regiões, com vantagens expressivas sobre seus principais adversários e com consolidação da vitória já no primeiro turno em 5 de outubro. Até o momento, a 13 dias das eleições, foram oito pesquisas (três do DataFolha, três do Ibope e duas do Radar), e Beto Richa aparece como o único candidato em ritmo de crescimento. No Datafolha, Beto Richa foi de 39% para 44%, no Ibope de 43%, para 44% e 47% e no Radar, de 44,3% para 46%.
A pesquisa mais desfavorável ao tucano foi o primeiro Datafolha, de 15 de agosto, onde aparecia com 39% contra 33% do senador Roberto Requião (PMDB). Foi a única pesquisa explorada pela oposição no horário eleitoral e única onde Beto Richa não aparece como vitorioso no primeiro turno.
Depois de novas pesquisas tanto Requião quanto a senadora Gleisi Hoffmann (PT) dizem não se importar com as pesquisas. Por outro lado, as últimas pesquisas de setembro, dos três instituto, demonstraram um cenário de “verdadeiro pesadelo” aos oposicionistas, pois apresentou Beto Richa com estabilidade, sempre acima dos 44% e com no mínimo 14 pontos de diferença para o segundo colocado, fortalecendo a tese de que Richa tem o maior percentual de voto consolidado.
Os principais adversários de Beto Richa apresentaram perfis distintos em relação ao comportamento das intenções de voto nas pesquisas. Governador por três vezes, Requião começou a campanha com vantagem em relação a Gleisi e um potencial relativamente alto de votos, porém já oscilou positivamente e negativamente nas pesquisas, e, com a exceção da primeira pesquisa Radar de 19 de agosto, Requião sempre apareceu com a maior rejeição, variando de 22% a 30%.
A maior queda de uma pesquisa para outra também foi de Requião nas pesquisas Datafolha: Na primeira, de 15 de agosto, apareceu com 33% e na segunda, de 10 de setembro, com 28%, queda de 5%, porém, já recuperou 2% no último Datafolha, de 18 de setembro, com 30%.
Rejeições – Apesar de um índice de voto consolidado, na casa dos 25%, o principal problema de Requião é de garantir um segundo turno, um cenário improvável em todas as pesquisas. E em caso de segundo turno, Beto Richa continua com uma grande margem de vantagem, com ampla diferença em todas as simulações.
Ainda, nas simulações de agosto Richa aparecia em média 15% a frente de Requião, mas nas simulações de setembro, esse vantagem ampliou para 20% em média. Nas poucas simulações realizadas entre Beto Richa e Gleisi (apenas as duas do instituto Radar e o último Ibope), essa vantagem amplia para uma média 28,2% e chegando a uma diferença de 33% no último Ibope, onde Richa apareceu com 60% contra 27% de Gleisi.
Já Gleisi se encontra estável em todas as pesquisas, com baixos índices, sempre entre 10% e 15% das intenções de voto, o que não agradou a coordenação de campanha petista. Em todos os levantamentos, Gleisi mantém seu percentual ou em queda, mas nunca demostrou qualquer ritmo de crescimento, consolidando-se no terceiro lugar, em média de 16% a menos que Requião.
As maiores desvantagem registradas, foi no primeiro Datafolha (15/8), onde apareceu com 11% contra 33% de Requião (porém essa diferença diminuiu por conta de oscilações de Requião no Datafolha, pois Gleisi nunca superou os 11%) e no último Ibope onde pareceu com 12% contra 30% do segundo colocado.
A estabilidade de Gleisi não se repete quando se refere a rejeição. A petista já apareceu com a maior rejeição em duas pesquisas, 20% no primeiro Radar (19/8) e 24% no último Ibope (19/9) e já apareceu empatada com Beto Richa no Ibope de 25/8, ambos com 20% contra 30% de Requião. Nunca menos que 16% e chegando ao teto de 24%, a sua média de rejeição é de 20%.
Outra desvantagem de Gleisi é ser apoiada e ter o papel de fazer palanque para a presidente Dilma Rousseff (PT), governo da qual foi ministra da Casa Civil. Dilma tem altas taxas de rejeição no Paraná, e míngua em terceiro colocado nas intenções de voto em empate técnico com o senador Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), primeiro e segundo lugar respectivamente.