Estado já recuperou 700 km de estradas rurais com as Patrulhas do Campo

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Atualizado há 11 anos

RICHA ANUNCIA R$ 24 MILHÕES EM INVESTIMENTOS EM MUNICÍPIOS DA REAs 30 Patrulhas do Campo que o governo estadual repassou aos consórcios municipais estão trabalhando a todo o vapor e já recuperaram 700 quilômetros de estradas rurais em todo o Paraná. De junho para cá, 44 municípios já receberam o conjunto de equipamentos e puderam melhorar as condições das estradas, beneficiando diretamente milhares de famílias da área agrícola.

“A agricultura é a base do desenvolvimento dos pequenos municípios e onde mora grande parte da população. É preciso dar melhores condições de vida às famílias e ao escoamento da produção, garantindo trafegabilidade das estradas rurais e segurança ao transporte escolar”, disse o governador Beto Richa.

Ariranha do Ivaí, no Norte do Paraná, tem 2.500 habitantes, boa parte da área rural, onde está a principal base econômica da cidade. O principal transtorno dos habitantes era a má condição das estradas rurais, porque dificultava o escoamento da produção, o tráfego de veículos escolares e o deslocamento dos moradores.

Há quinze dias, uma Patrulha do Campo chegou ao município. “Quando chovia a criança ficava fora da sala de aula. Se alguém ficava doente era um transtorno para levar ao médico ou hospital. Um problema frequente, que vai acabar com a vinda da patrulha”, afirmou o prefeito Sílvio Petrassi.

Patrulha do Campo em Ariranha do IvaíCada patrulha é formada por escavadeira, trator de esteira, motoniveladora, pá-carregadeira, rolo compactador, caminhão-comboio, carreta para as máquinas e cinco caminhões basculantes. O conjunto é repassado para consórcios intermunicipais e utilizado em rodízio, conforme acordo entre os próprios municípios. Até agora, 125 municípios já estão aptos a receber a patrulha do campo.

“Uma ideia brilhante, que veio pra ficar”, afirma o prefeito de Ariranha do Ivaí, que é também presidente do Consórcio Vale do Ivaí – do qual também fazem parte os municípios de Ivaiporã, Nova Tebas, Arapoã, Jardim Alegre, Borrazópolis e Grandes Rios. Ele ressalta que há anos não se via um trabalho como este. “Os municípios jamais conseguiriam uma estrada com essa qualidade se não tivessem a ajuda do governo do Estado”, afirmou o prefeito.

Melhoria de vida

Patrulha do Campo em Ariranha do IvaíAlém de melhorar o escoamento da produção agrícola, as novas estradas facilitam o acesso a áreas rurais, por onde passam transportes escolares e unidades de saúde.
A professora Silvia Vieira Vegam mora no Bairro Salto do Ariranha há quase 10 anos e todos os dias tem de se deslocar 15 quilômetros para dar aula na área urbana da cidade. Ela conta que havia trechos onde os veículos só passavam com a ajuda de tratores. “Só puxado no trator. As condições eram péssimas mesmo. O transporte vinha até certa altura, depois as crianças tinham que descer e continuar a pé”, lembra.

Ozoel Martins Lustosa é pecuarista e conta como era difícil o transporte de animais da sua fazenda. “A estrada era horrível. Quebrava os carros e caminhões. Agora posso carregar meu gado. Antes ficava uma semana sem o caminhão passar por lá”.
“Além de toda a melhoria que estas estradas proporcionam para o escoamento da produção, esse programa tem caráter social por beneficiar diretamente a vida dessas pessoas”, afirmou o presidente da Companhia de Desenvolvimento Agropecuário (Codapar), responsável pelo programa, Tino Staniszewski.

Estradas de qualidade

Patrulha do Campo em Ariranha do IvaíO presidente da Codapar explica que o principal foco do programa é realizar um trabalho de qualidade. “Geralmente os municípios fazem um trabalho que deixa a estrada numa condição boa por um curto período apenas. Uma estrada readequada nos moldes do programa tem durabilidade de 20 anos, apenas com eventuais manutenções periódicas”, destacou. A atuação da Codapar, segundo Staniszewski, objetiva melhorar esta visão dos municípios para que continuem com a prática de executarem obras de qualidade e resistentes.

Os trabalhos da Patrulha do Campo também seguem as práticas conservacionistas: não desrespeitam o meio ambiente e ajudam a combater problemas de solo, como a erosão. “Não adianta fazer uma estrada bonita se a propriedade tem problema de erosão. Então, antes de fazermos a estrada estudamos a conservação do local para realizar a obra da melhor maneira possível”, explica Tino Staniszewski. “É uma nova filosofia proposta para um setor tão importante para a qualidade de vida dos trabalhadores do campo. É um programa de Estado, estruturante, que vem para ficar, e não um programa de governo, temporário”, acrescenta o coordenador do programa, Jair Vendrúscolo.