Estamos vivendo um momento histórico. A filiação de Sergio Moro ao Podemos, que acontece nesta quarta-feira (10) muda o cenário eleitoral de 2022 e contribui de forma inequívoca para pôr fim à polarização que vinha se desenhando na política nacional.
É uma virada num jogo que parecia ter cartas marcadas e final certo.
O nome de Sérgio Moro carrega consigo grande simbolismo. O ex-juiz enfrentou o maior esquema de corrupção nas estruturas do governo, que perdurava por décadas. Teve a coragem de bater de frente com os interesses de poderosos grupos políticos e de corporações. Abriu mão de uma carreira consolidada para assumir o Ministério da Justiça, com o objetivo de transportar as conquistas da Lava Jato de Curitiba para o Brasil. E pagou um preço altíssimo por ter acreditado na palavra do atual presidente, que prometeu dar a autonomia necessária para isso e não cumpriu a promessa.
Coerente com sua trajetória, Moro deixou o Ministério da Justiça e passou a ser alvo de milícias digitais, de fake news disseminadas para destruir sua reputação.
Logo em seguida, a operação Lava Jato foi extinta.
Extinta. Não esquecida. O reconhecimento da importância dela para o país permanece.
Sergio Moro ganhou respeito internacional e hoje é considerado o nome certo para enfrentar nas urnas a atual polarização entre esquerda e direita. É a terceira via com maior densidade eleitoral entre todas que se apresentaram até o momento.
Os atributos pessoais que ele demonstrou na Operação Lava Jato – determinação, coragem, capacidade, inteligência – são os mesmos que o país espera de um líder capaz de superar os desafios do momento.
Ninguém tem dúvida que o Brasil precisa de um presidente que crie e implante um projeto econômico efetivo, com resultados, capaz de reduzir a pobreza e a inflação e que estabeleça um ambiente propício para a atração de novos investimentos e para a geração de emprego e de renda.
Um presidente que trate a educação como questão estratégica, para que possamos formar uma geração de jovens preparados para a era do conhecimento, e que tenha a compreensão dos desafios ambientais, fugindo das armadilhas daqueles que querem manipular os interesses do país através de uma agenda pré-concebida, muitas vezes sem relação com a nossa realidade, mas que entenda que o Brasil um papel relevante nessa área e precisa definir programas e metas que atendam os interesses nacionais e se alinhem às preocupações da humanidade com o futuro do nosso planeta.
E, claro, o Brasil precisa de um líder que valorize a ciência, o SUS e organize nosso sistema de saúde no período pós-pandemia.
Os desafios que temos pela frente são gigantescos. E precisamos de alguém à altura deles.
Sergio Moro já demonstrou ter o perfil certo para isso. Aquele que aprendemos a admirar como um juiz eficiente e determinado no combate à corrupção pode se tornar o presidente que o Brasil precisa para voltar a crescer, reduzir desigualdades sociais e conquistar o respeito mundial.
Com Moro temos a chance de colocar o país no caminho certo e não podemos abrir mão dela.
É importante lembrar que a vinda de Moro ao Podemos se deve muito ao respaldo que o partido deu à Lava Jato, assim como a confiança, amizade e ao reconhecimento de seu trabalho reiterado inúmeras vezes pelos nossos senadores, em especial o senador Alvaro Dias.
O ato de filiação de Sergio Moro alça o Podemos ao merecido protagonismo político, tanto nacional como no estado. Afinal, um partido que tem três senadores no Paraná não pode ser coadjuvante.
Vai ser um ato político. Vai ser um ato de renovação de esperança. Vai ser um ato histórico.