Artigo: Perfil do bom eleitor

·
Atualizado há 12 anos

*Por Daniel Baez Brizueña*

Segundo a CNBB é necessário que cada eleitor preencha certos requisitos. De nada adiante fazer generalizações do tipo: “Ninguém presta, são todos ladrões” ou “política não se discute”.

A cartilha de orientação politica da CNBB lembra que “quando alguém diz que não tem nada a ver com a política, está esquecendo que isso tem consequências na sua vida: ter ou não ter emprego, transporte e escola para os filhos, remédios e médicos suficientes na saúde pública, vaga no hospital, estradas melhores e alimentos para todos, tudo isso passa pelos caminhos da politica”, ressalta o texto.

Se existe o “bom candidato”, existe também o “bom eleitor”. A CNBB apresenta algumas características e qualidades do “bom eleitor”:

1) É uma pessoa honesta: não vende seu voto, nem troca por benefícios pessoais (dinheiro, gasolina, favores, qualquer tipo de bens materiais, cargos, emprego e outros), nem por benefícios concedidos à família, ao grupo ou comunidade.

2) Pensa no bem de todos: tem consciência comunitária e sabe que se todos vão bem ele também estará bem.

3) Respeita os adversários políticos: embora tenha suas convicções pessoais, respeita o fato de que outros possam pensar diferente; dialoga, não impõe seu pensamento; na vitória é discreto não precisando apelar para a provocação ou humilhação dos adversários.

4) Deixa liberdade de escolha: não obriga seus empregados, familiares, amigos e colegas a votar em seu candidato; não se serve por promessas eleitorais ou por difamações.

5) É racional, ponderado: avalia, analisa a pessoa do candidato (seu perfil) e quem o acompanha ou apoia e não se deixa influenciar por promessas eleitoreiras ou por difamações baratas.

6) Tem coragem de denunciar: quando tem provas, denuncia ações de partidos ou candidatos que desrespeitam a Lei Eleitoral.

7) Compromete-se com a comunidade: interessa-se pelo bem do município e dos cidadãos. Não apenas cumpre com seu dever de votar, mas procura acompanhar os eleitos no exercício do seu mandato. Faz críticas construtivas oferecendo sugestões e mobilizando-se na cobrança de ações politicas que favoreçam o bem comum.

A CNBB espera que todos os cidadãos habilitados ao exercício do voto possam usufruir dos seus direitos com criticidade e comprometendo-se com o desenvolvimento do seu município.

Este artigo tem como texto Base a Cartilha de Orientação Política da CNBB para as eleições municipais de 2012.