Por Mariana Honesko
A medida é recente mas ganhou visibilidade especialmente após manifestos similares defendidos pelo deputado estadual Roberto Acioli. O parlamentar deixou o assunto mais claro quando exibiu em um painel, no centro de União da Vitória, a defesa por ambientes mais limpos. Na cidade, assinado pelo vereador Daniel Rocha (PMDB), o projeto, já aprovado pela Câmara de Vereadores, também segue a mesma linha e obriga o uso de protetores para utensílios de mesa, como talheres e pratos.
De acordo com o vereador, em entrevista à redação de O Comércio, “a sociedade exige e merece condições ideais de higiene e asseio”. “É essencial a garantia de qualidade dos produtos alimentícios”, disse. Como justificativa, Rocha aponta a preferência por refeições mais rápidas, o que impulsionou o mercado da alimentação, mas que pode deixar rastros de descuidos. “A higiene é fundamental, principalmente quando falamos em alimentos, para evitar a infecção e transmissão de, entre outros, coliformes fecais, comuns na manipulação de dinheiro”, avalia.
Para a nutricionista Juliana Pasqualin Schwartz, a iniciativa do vereador é bem-vinda. “Mas junto dela, poderia ser colocada a questão da nutricionista nos locais que servem refeições”, endossa. A medida paliativa, contudo, agrada. Juliana é a favor do projeto e defende, entre outras ações, a colocação de talheres individuais em sacos plásticos. “Isso evita a manipulação dos talheres por outras pessoas. As pessoas geralmente acabam encostando em outros talheres na hora de se servir e isso pode contaminar”, explica.
A proteção também evita contaminação aérea, provocada pelo espirro ou tosse. Outra iniciativa apontada pela profissional é a secagem natural dos utensílios de cozinha. “O ideal é não usar pano de prato, mas deixá-los secar sozinhos, livres”, explica.
Menos sal na comida
O vereador Gilmar Jarentchuk, presidente da Câmara de Vereadores de União da Vitória, propôs em setembro a proibição da exposição de sal nas mesas dos estabelecimentos que oferecem alimentos. De acordo com Jarentchuk, a medida pode ajudar na redução da hipertensão. “O sal exposto facilita colocar mais na comida e sem o saleiro se evita maior consumo. O brasileiro consome o dobro de sal necessário”, argumenta o vereador.
Sua defesa é baseada na Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugere a ingestão de dois gramas de sal por dia. O brasileiro consome mais, algo em torno de cinco gramas. Em 2013, o projeto do vereador, conforme apurou a reportagem de O Comércio, seguiria para aprovação da Câmara.