Dois estudos publicados em março deste ano nos Estados Unidos comprovam a eficácia de uma técnica que, em um futuro próximo, poderá permitir o monitoramento do câncer por meio de exames de sangue e, talvez, a longo prazo, permitirá a detecção precoce de tumores pequenos demais para serem percebidos pelos métodos de diagnóstico convencionais.
Chamada de “biópsia líquida”, a estratégia é baseada na análise de pedaços de DNA que escapam dos tumores para a corrente sanguínea, chamados de DNA tumoral circulante (ou ctDNA, na sigla em inglês). Eles funcionam como impressões digitais da doença, que os cientistas podem examinar e extrair informações genéticas essenciais para a caracterização do tumor e a seleção do melhor tratamento.
A ideia não é nova; já vem sendo testada há alguns anos por vários laboratórios ao redor do mundo. O que os novos trabalhos trazem é uma “prova de conceito” contundente do seu potencial para aplicações práticas na medicina. A principal vantagem seria a possibilidade de monitorar continuamente a doença por meio de um método relativamente simples, rápido e não invasivo.
Fonte: Science Translational Medicine