A produção de suor é regulada pelo sistema nervoso autônomo simpático e tem relação direta com o controle da temperatura do organismo. Sudorese excessiva e constante provocada por hiperatividade das glândulas sudoríparas caracteriza os quadros de hiperidrose, que podem aparecer na infância, adolescência ou na idade adulta.
O problema parece acometer mais as mulheres (60%) do que os homens (40%). Esses números, porém, são questionáveis, uma vez que elas costumam procurar atendimento com mais frequência do que os homens.
A hiperidrose pode manifestar-se nas mãos, pés, axilas, rosto, sob as mamas, na região inguinal e no couro cabeludo, partes do corpo que contém maior número de glândulas sudoríparas. Nas hiperidroses primárias de fundo emocional, os sintomas desaparecem durante o sono ou sedação.
O diagnóstico é clínico baseado nos sintomas, na história do paciente e deve avaliar a hipótese de hiperidrose secundária provocada por alguma doença de base.
O tratamento costuma ser clínico ou cirúrgico. Nos casos mais leves, podem ser indicados medicamentos por via oral e de uso tópico. A aplicação de toxina botulínica (botox) também ajuda a controlar a sudorese excessiva.
Quadros mais graves, porém, podem exigir intervenção cirúrgica para a retirada das glândulas sudoríparas das axilas, ou de gânglios da cadeia simpática (simpatectomia) por via videoendoscópica.