A Secretaria de Saúde de União da Vitória realizou há uma semana uma campanha de testes rápidos para diagnosticar casos de hepatite B, C e HIV ou sífilis. No dia foram feitos mais de 270 testes. E de todos eles 3 deram positivo para a sífilis.
Conforme a responsável pelo setor de Epidemiologia da cidade, Marly Della Lata, os casos de sífilis vêm crescendo consideravelmente na cidade desde 2014, quando a bactéria parecia estar “estagnada”. Para quem não tinha nenhum caso no ano, os que apareceram já eram demais”, comenta.
Segundo Marly, em 2014 foram registrados quatro casos e mais quatro no ano seguinte. Os números podem parecer baixos, e mesmo a doença tendo cura, o que preocupa ainda mais as autoridades é que a maioria dos diagnósticos são de gestantes. “Os oito casos de 2014 a 2015 foram em gestantes. Existem mais pessoas em tratamento, mas esses a gente não consegue contabilizar porque não são de notificação compulsória”, explica.
Em gestantes a bactéria pode causar má formação do feto. A criança também pode ter desenvolvimento mais lento e o crescimento afetado. “Isso mostra que se a sífilis está crescendo entre as gestantes, o HIV pode aumentar também”, supõe Marly.
Isso porque a única forma de contrair a bactéria é por relação sexual sem proteção. Marly reforça que a melhor prevenção é usar camisinha. “Tem cura, tem, mas ainda preocupa”, argumenta.
O tratamento da sífilis é feito em três etapas. Em todas o paciente recebe uma dose considerável de penicilina, que é um antibiótico. As etapas têm um intervalo de sete dias entre elas, contudo, se o paciente não completar o tratamento a sífilis pode voltar e no último estágio também matar. “A primeira vez ela nem aparece, podem aparecer sintomas apenas de gripe. Na segunda aprecem verrugas nas genitais do homem ou da mulher, já no terceiro estágio da sífilis a bactéria vai para o sistema neurológico e a pessoa pode morrer”, explica.
Para diagnosticar a bactéria os postos de saúde de União da Vitória oferecem o teste rápido gratuitamente. O resultado sai em 15 minutos e caso o resultado seja positivo a pessoa é encaminhada para tratamento. Os testes rápidos também estão disponíveis para diagnóstico das hepatites B e C além do HIV. Em todos os casos o paciente, se confirmado, é enviado para tratamento pelo Sistema Único de Saúde.