O cigarro eletrônico está conquistando fumantes no país. Geralmente, são pessoas que pretendem abandonar o vício e driblam a fiscalização ao considerar esse tipo de cigarro, que contém nicotina, um mal menor. O produto é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e não tem registro no país.
O Brasil segue orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), contrária ao produto. No entanto, os cigarros eletrônicos são facilmente comprados pela internet e há gente que traz na bagagem vindo, ao voltar da Europa ou EUA, onde a venda é liberada porque o produto ainda não foi submetido a aprovação.
Existem mais de 250 marcas no exterior em formato também de charuto, cigarrilha, cachimbo e outros tipos. A Foods & Drugs Administration (FDA), agência americana que regula medicamentos, alimentos e controla o fumo, identificou substâncias cancerígenas e componentes químicos tóxicos, como nitrosamina e dietilenoglicol, nos refis destes dispositivos. Outra pesquisa, realizada em 2009 pela Universidade de Atenas (Grécia), indica que os e-cigarettes podem causar danos aos pulmões.
No último dia 22, os membros da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmaram que os cigarros eletrônicos são tão prejudiciais à saúde quanto os convencionais. Um estudo elaborado pelo Instituto Catalão de Oncologia, na Espanha, comprovou que a fumaça exalada por este tipo de cigarros tem impacto similar nos fumantes passivos. A quantidade de substâncias contidas na fumaça equivale ao uso de sete cigarros para quem não fuma.