IMC: Você sabe calcular seu peso adequado? Saiba como fazer – e não virar refém

Medida de IMC nem sempre representa a realidade, alerta nutricionista

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Atualizado há 5 anos

(Foto: Pixabay).
(Foto: Pixabay).

Subir na balança pode ser um sacrifício para muitos. Ou uma inspiração, dependendo do ponto de vista. Mas, mais do que acreditar nos números apontados ali, os profissionais de saúde recomendam o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), marca que é considerada a principal maneira de descobrir se o peso é ideal, abaixo, acima ou muito além disso. “Podemos encontrar o resultado do índice fazendo uma conta que envolve a relação do peso de uma pessoa em quilos com a sua altura ao quadrado”, explica a nutricionista, Luana Klein Burtet (veja a fórmula no quadro).

Embora algumas pessoas se tornem obsessivas pelos números, nem sempre a realidade do IMC é, de fato, literal. Isso acontece especialmente por conta da falta de “desconto” do peso do músculo em relação à gordura. “Por exemplo, um halterofilista teria um IMC muito alto, mas isso não se reflete em obesidade, já que a maior parte de sua massa corporal é formada por musculatura”, compara Luana. “É importante levar em conta que a massa corporal é formada por água, gordura, músculos e ossos, e tudo isso precisa ser bem avaliado para medir a saúde de alguém corretamente. Por isso, é importante consultar um nutricionista para que ele possa fazer a análise do IMC junto com outros índices e medidas usados para entender a composição corporal”.

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(Gráficos: Graffo).
E agora, o que fazer?

Diante de um resultado pouco satisfatório, algumas soluções são bem-vindas. Para cada situação, há uma opção. No caso de quem está abaixo do peso, a orientação nutricional é de ganhar peso, contudo, com saúde. “Para ter um ganho de peso saudável, não se deve comer somente alimentos calóricos e sim priorizar alguns alimentos com boa quantidade calórica, mas ricos em nutrientes benéficos e com pouca quantidade de gordura saturada (de origem animal) e gordura trans (de industrializados)”, explica Luana.

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Já quem tem quilinhos a mais e está com sobrepeso (condição em que a pessoa pesa mais do que é considerado adequado para a altura, idade e sexo), outras medidas entram na lista. Entre elas, a prática de exercícios físicos, por exemplo. “O sedentarismo e os maus hábitos alimentares levam ao aumento dessa parcela de indivíduos com sobrepeso a cada ano. Essa faixa, se analisada junto com outras medidas e índices, pode demonstrar um risco maior de doenças como diabetes tipo 2, dislipidemia (com colesterol HDL baixo e triglicérides altos), ácido úrico aumentado, hipertensão, entre outras. O tratamento para o sobrepeso depende de sua causa”, pontua.

E para todas as pessoas – e pesos – existem algumas “regras” gerais. Manter hábitos alimentares saudáveis e praticar atividades físicas são dois dos principais. “No caso de quem está muito acima do pese, em casos mais graves, a cirurgia bariátrica pode ser uma alternativa. Em todos os casos, a atividade física é extremamente recomendada, ajudando a ter mais bem-estar. Acelera o metabolismo e favorece na perda de gordura corporal”, indica Luana.

Pegue a calculadora e saiba seu IMC!

Conforme material de orientação sobre o assunto, disponível na página do Ministério da Saúde, para calcular o IMC, basta dividir o peso (em quilos) pela altura (em metros) elevada ao quadrado, ou seja, altura x altura. De acordo com a faixa etária, outras medidas corporais também são recomendadas para um diagnóstico mais adequado. A fórmula matemática serve para qualquer pessoa, mas os valores considerados como referência para a classificação do estado nutricional variam para crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.

A classificação do estado nutricional por meio das medidas corporais é um dos subsídios para o diagnóstico do estado de saúde e, quando necessário, deve ser complementado com análise e outros aspectos (clínicos, sociais e ambientais) pelos profissionais de saúde.