Os prédios do Canal da Música, do Teatro Guaíra e da Celepar, em Curitiba, ganharam luzes laranjas para conscientizar sobre a esclerose múltipla, doença autoimune que atinge o sistema nervoso central. A iluminação marca a campanha Agosto Laranja e o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, em 30 de agosto.
O movimento foi criado em 2014 para desmistificar essa condição crônica e fomentar o diagnóstico precoce, mais qualidade de vida, acolhimento, respeito e dignidade para quem convive com a doença.
A esclerose múltipla é considerada uma doença rara, com incidência em 30 a 40 pacientes a cada 100 mil pessoas, em média. Atualmente, entre 40 mil e 50 mil brasileiros convivem com essa condição, segundo o Ministério da Saúde.
A doença faz com que o sistema imunológico ataque a bainha de mielina, que é uma estrutura protetora que reveste os neurônios, causando destruição ou danos permanentes nos nervos. Isso leva a um problema de comunicação entre o cérebro e o resto do corpo.
Seus principais sintomas são cansaço excessivo, fadiga, distúrbios visuais, rigidez, fraqueza muscular, desequilíbrio, alterações sensoriais, dor, disfunção da bexiga e do intestino, disfunção sexual, dificuldade para articular a fala, dificuldade para engolir, alterações emocionais e cognitivas.
O tratamento é feito com medicamentos indicados pelo médico para evitar a progressão da doença, diminuir o tempo e a intensidade das crises e controlar os sintomas. Considerada de alto custo, a medicação para esclerose múltipla é fornecida gratuitamente no Paraná pela Secretaria de Estado Saúde.
ATENDIMENTOS
A Secretaria de Saúde do Paraná realizou, no ano passado, 708.600 atendimentos e procedimentos relacionados às pessoas com diagnóstico de esclerose múltipla, em 93 estabelecimentos de saúde no Estado. Além da medicação, também é indicado como tratamento complementar que os pacientes façam fisioterapia e exercícios para alongar e fortalecer os músculos.
O Paraná é adepto da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, proposta pelo Ministério da Saúde e que organiza, desde 2014, a rede de atendimento para prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação.
Em fevereiro deste ano, foi lançado no Estado o Sidora, Sistema Web para Notificação de Síndromes e Doenças Raras do Paraná, desenvolvido pela Secretaria da Saúde e pela Celepar. Por este link é possível obter informações sobre essas doenças, contribuindo para desenvolvimento de políticas públicas na área.
Os pacientes também podem obter uma carteirinha com QR-Code, que facilita o acesso, principalmente em situações de emergência, às informações relevantes sobre a pessoa diagnosticada com doenças ou síndromes raras.