São Mateus do Sul: Hospital e Maternidade Dr. Paulo Fortes suspende atividades

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Atualizado há 10 meses

O dia 7 de fevereiro de 2024 ficará marcado como um dos mais sombrios na história da saúde pública de São Mateus do Sul. O Hospital e Maternidade Dr. Paulo Fortes anunciou a suspensão de suas atividades após o rompimento do contrato pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Iguaçu (Cisvali).

A falta de recursos para pagamento de insumos, funcionários e médicos plantonistas inviabilizou a continuidade dos serviços.

O comunicado oficial, emitido através do ofício 040/2024 nesta quarta-feira, 7, informou ao Conselho Regional de Medicina (CRM) do Paraná sobre a “suspensão imediata das atividades” do hospital. Segundo o documento, a instituição não dispõe de recursos sequer para alimentar os pacientes ou adquirir insumos básicos para os médicos realizarem seus atendimentos. Apesar das tentativas de negociação com autoridades municipais e estaduais, nenhuma solução foi encontrada para evitar o fechamento das portas.

Uma reunião extraordinária da diretoria, realizada na noite de terça-feira, 6, revelou uma situação financeira insustentável, com dívidas acumuladas devido a gastos superiores às entradas de recursos nos anos de 2022 e 2023. A diretoria apontou o reequilíbrio financeiro dos contratos com o Estado e o Cisvali como a solução para a crise, porém, no mesmo dia das deliberações, foi recebido o comunicado unilateral de rescisão contratual por parte do consórcio.

A decisão unilateral do Cisvali agravou ainda mais a situação, deixando o Hospital Dr. Paulo Fortes incapaz de arcar com os pagamentos de plantões médicos, aquisição de insumos, serviços terceirizados e folha de pagamento. Como resultado, contratos com médicos e terceirizados foram encerrados e os funcionários foram colocados em aviso prévio.

O principal objetivo da medida adotada é evitar o agravamento das dívidas e possíveis ações judiciais, civis e trabalhistas devido à falta de recursos para cumprir obrigações. Ao final da tarde desta quarta-feira, 7, as portas do hospital estavam realmente fechadas, confirmando a suspensão de todos os atendimentos anunciada pela direção.