O ano de 2023 já registra mais casos confirmados de dengue do que todo o ano passado. São 96.040 casos registrados até agora, 12.764 a mais do que o total registrado durante todo o ano de 2022 (83.276). Os números ainda devem aumentar, já que 16.618 notificações permanecem como casos suspeitos.
Confira aqui os dados de 2022.
Com relação aos óbitos por dengue, 2023 também tem dados preocupantes. Foram confirmadas 89 mortes pela doença e seis ainda seguem em investigação. Durante todo o ano de 2022, foram registrados 90 óbitos pela doença.
“A magnitude da transmissão da dengue no Estado de Santa Catarina nos últimos anos está diretamente relacionada com a disseminação do mosquito Aedes aegypti. E infelizmente, o número de óbitos é elevado, tanto em 2022 como neste ano. A dengue é uma doença que pode evoluir para a gravidade. Assim, é fundamental que as pessoas busquem um serviço de saúde diante da presença dos sintomas da doença”, alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor da DIVE/SC.
Nas últimas semanas ocorreu uma redução dos casos notificados e confirmados, mas é necessário manter o alerta contra a doença, pois o mosquito pode se reproduzir ao longo de todo o ano. Mesmo com essa queda, é preciso reforçar que casos continuam sendo identificados até o momento, mostrando que a circulação da doença permanece.
“Mesmo com a chegada do inverno, o estado tem registrado dias quentes e muito chuvosos. O cenário segue propício para o ciclo de reprodução do mosquito. Por isso, mais uma vez, lembramos a população da importância de não descuidar e manter o hábito de vistoriar sua casa, quintal e ambiente de trabalho pelo menos uma vez por semana para eliminar locais que possam acumular água e servir de criadouro para novos mosquitos”, destaca o diretor.
Confira aqui o informe epidemiológico atualizado sobre a situação da dengue em SC.
Além da dengue, casos de chikungunya também tiveram aumento em 2023. Até o momento, já foram confirmados 44 casos, destes, 16 foram contraídos em Santa Catarina. Em 2022, foram confirmados 25 casos, sendo 3 autóctones.
Sinais e sintomas
Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Podem ocorrer também náuseas e vômitos. Ao apresentar sinais e sintomas, deve-se procurar atendimento em um serviço de saúde. A hidratação intensa é uma das principais medidas de manejo na dengue, sendo importante que as pessoas com sintomas se hidratem desde o momento de espera pelo atendimento.
O controle do Aedes aegypti ainda é a melhor estratégia para evitar a transmissão de dengue, febre de chikungunya e Zika vírus. Uma vez por semana vistorie sua casa e seu ambiente de trabalho. Elimine locais com água parada. Saiba mais aqui.
Ações
A Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE/SC), tem reforçado desde o início do ano as ações juntamente com os municípios para prevenção da doença.
Além disso, foi realizada uma campanha de comunicação, com divulgação das informações em diferentes meios de comunicação e redes sociais. O Estado também realizou o envio de mensagens SMS, para moradores cadastrados no sistema de avisos da Defesa Civil do Estado, alertando sobre a situação da dengue. Ainda, foram disponibilizados um montante de 10 milhões de reais para a ampliação dos serviços de atendimento aos pacientes com dengue nos municípios.
A DIVE/SC faz a publicação periódica de Informes Epidemiológicos (semanais), realiza diversas capacitações e reuniões com profissionais da saúde, agentes de combate a endemias, biólogos e técnicos agrícolas, auxilia os municípios na aplicação de inseticida à Ultra Baixo Volume acoplado a veículo, distribui inseticidas e larvicidas para bloqueio de transmissão e aplicação residual em pontos estratégicos e faz visitas técnicas a diversos municípios.
“Pensando em todas essas atividades e a necessidade de iniciar a organização das ações para o período com o maior número de casos da doença, o Estado vai receber a visita do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde para realizar uma avaliação do que foi realizado até o momento e para definir as estratégias de enfrentamento das arboviroses em Santa Catarina, com o intuito de reforçar as ações, continuar e também aproveitar todas as experiências exitosas que possam ser incorporadas às estratégias estaduais” acrescenta o diretor.