Vacinação contra doenças respiratórias é ainda mais importante no frio

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Atualizado há 2 anos

A previsão do tempo indica a chegada de uma massa de ar polar em Santa Catarina que vai derrubar as temperaturas a partir desta quarta-feira, 19, em todas as regiões. Com a chegada do frio é preciso redobrar os cuidados com as doenças respiratórias que costumam ser mais frequentes nesta época do ano.

O superintendente de vigilância em saúde e médico infectologista, Fábio Gaudenzi, explica que não é o frio que faz com que as pessoas adoeçam, mas sim o comportamento adotado pela população em dias de baixas temperaturas.

“Os vírus respiratórios circulam entre nós durante todo o ano, mas nos dias frios é comum que as pessoas escolham ambientes fechados para se abrigar, para se aquecer e com esse comportamento acabam aumentando a transmissão desses vírus, entre eles, os que causam a gripe e a Covid-19. É por isso que a vacinação contra essas doenças é tão importante, especialmente na população mais vulnerável que têm mais chances de evoluir para formas graves, ressalta o superintendente.

Além da vacinação, é importante lembrar que existem outras medidas de prevenção para as doenças respiratórias, como: a higienização frequente das mãos; o uso de máscara em caso de sintomas respiratórios; a necessidade de manter ambientes sempre ventilados; o uso da etiqueta respiratória; o não compartilhamento de objetos pessoais; a importância de evitar contato próximo com outras pessoas em caso de sintomas; bem como evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados.

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Campanha de vacinação contra a gripe

A Campanha de Vacinação contra a gripe para a população dos grupos prioritários começou no dia 10 de abril e segue até o dia 31 de maio. O público-alvo da Campanha é de 2,9 milhões de pessoas, mas até o momento foram vacinadas apenas 146 mil. A meta é imunizar pelo menos 90% da população para garantir a proteção dessa população.

Os dados da vacinação podem ser conferidos aqui

Devem se vacinar contra a gripe os seguintes grupos:

  • crianças de 6 meses a 5 anos de idade;
  • trabalhadores da saúde;
  • gestantes e puérperas (mães até 45 dias após o parto)
  • idosos com 60 anos ou mais;
  • professores de escolas públicas e privadas;
  • povos indígenas;
  • pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
  • pessoas com deficiência permanente;
  • profissionais das forças de segurança e salvamento e das forças armadas;
  • caminhoneiros;
  • trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
  • trabalhadores portuários;
  • funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.

A gerente de imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), Arieli Fialho, lembra que a vacina contra a gripe demora de duas a três semanas após a aplicação para conferir a proteção adequada, por esse motivo a dose sempre fica disponível na rede pública de saúde antes da chegada do inverno. Além disso, para quem faz parte dos grupos prioritários, é de extrema importância tomar a vacina todos os anos, porque a proteção dura aproximadamente um ano.

“A vacina contra a gripe é diferente de outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. No caso dela, a proteção precisa ser renovada anualmente”, esclarece a gerente.

Casos e mortes por gripe

No ano de 2023 foram registradas oito mortes por gripe em Santa Catarina. Deste total, sete pacientes apresentavam pelo menos uma comorbidade e/ou fator de risco. Um total de 78 pessoas precisaram ser hospitalizadas pela doença.

Foto: Ricardo Trida/Secom

Campanha de vacinação contra a Covid-19

Além da vacina contra a gripe também estão disponíveis em todos os municípios catarinenses as vacinas monovalentes contra a Covid-19 para todas as faixas etárias, a partir dos 6 meses de idade. Toda a população ainda não vacinada ou que ainda não completou o esquema vacinal com as doses de reforço deve procurar uma unidade de saúde para atualizar a situação vacinal.

Para a população mais vulnerável há ainda a dose de reforço com a vacina bivalente contra a Covid-19. A dose está disponível para todos aqueles que tenham 12 anos ou mais, tenham tomado ao menos duas doses da vacina monovalente (Pfizer, Coronavac, AstraZeneca, Janssen), sendo que a última deve ter sido aplicada com um intervalo mínimo de 4 meses, e faça parte de um dos seguintes grupos prioritários:

  • abrigados e trabalhadores de instituições de longa permanência (ILPI)
  • idosos com 60 anos ou mais
  • pacientes imunocomprometidos
  • pessoas com comorbidades
  • população das comunidades indígenas e quilombolas
  • gestantes e puérperas (mães até 45 dias após o parto)
  • trabalhadores da saúde
  • pessoas com deficiência permanente
  • população privada de liberdade, adolescentes cumprindo medida socioeducativa e funcionários do sistema de privação de liberdade.

O público-alvo total dos grupos prioritários para a vacina bivalente é de aproximadamente 1,9 milhão de pessoas, mas até o momento apenas 225 mil pessoas tomaram a dose de reforço.