O casal Sebastião Neres da Rocha e Alice Maria Totski da Rocha hoje convive com a saudade e o vazio no peito depois que o filho José Eduardo Neres da Rocha foi assassinado na segunda-feira, 27 de março, praticamente na porta de sua casa na Avenida Ivan Bengui, no bairro Jardim Roseira, em União da Vitória (PR).
José não trabalhou neste dia, pois era feriado do aniversário de 133 anos de União da Vitória. Pouco antes das 10 horas, ele decidiu cortar o cabelo. Avisou a mãe, pegou seu carro e saiu de casa. Minutos depois, o som dos tiros chamou atenção de toda a vizinhança e para dona Alice confirmou um pressentimento. “Eu senti que algo tinha acontecido com o José”, contou.
Todos correram e rapidamente se depararam com a pior cena imaginável: o corpo de José caído no chão, vítima dos disparos. José morreu na hora. Foram pelo menos 13 disparos.
O homem que está sendo investigado como autor dos disparos fugiu logo após o crime.
O corpo de José Neres ficou ali no local por aproximadamente três horas. O Instituto Médico Legal (IML) de Pato Branco foi responsável pelo procedimento e encaminhamento do corpo para perícia.
O velório e o enterro aconteceram no dia 28. José foi enterrado no mesmo local em que seus avós estão, o cemitério da Colônia Correntes.
Após a morte do filho, seu Sebastião que trabalha fazendo fretes, após não conseguiu retomar a sua rotina. Ele segue em casa, ao lado da esposa e do neto de nove meses, filho de José. “O que fizeram com meu filho foi uma covardia muito grande”, desabafa.
A família há anos mora no bairro Jardim Roseira. José e seus quatro irmãos se criaram correndo nos arredores de sua casa.
Segundo a família, José há pouco mais de um ano reatou um antigo romance com a mãe de seu filho. Os dois estavam morando juntos.
Nos dias anteriores aos fatos relatados pela família, José estava na casa dos pais. Ele chegou no sábado, 25. As visitas aos pais eram diárias, com direito a uma pausa para um café.
José trabalhava com o irmão em uma auto elétrica no centro de União da Vitória. Provia o sustento do lar, finalizando recentemente uma reforma em sua casa.
A morte de José ainda causa comoção no Vale do Iguaçu e a família clama por justiça.
Desde o ocorrido o caso segue em investigação pela Polícia Civil de União da Vitória. Em conversa com a reportagem do Portal Vvale o delegado responsável pela investigação disse que o suspeito segue foragido e, que no decorrer desta semana, novos desdobramentos e provas sobre o caso serão apresentados.
Até o momento foram ouvidas testemunhas, inclusive o seu Sebastião. Enquanto isso a família de José pede respostas sobre a motivação do crime e a devida punição ao atirador.