Pamela Gabrielly Lins foi vítima de feminicídio

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Atualizado há 6 horas

O delegado da Delegacia da Mulher de União da Vitória, Thiers Andregotti, esclareceu detalhes sobre o feminicídio da adolescente Pamela Lins, cujo corpo foi encontrado no início desta semana em General Carneiro.

A perícia confirmou que a causa da morte foi asfixia por estrangulamento, descartando afogamento, pois não foram encontradas evidências de água nos pulmões. Pamela foi morta antes de ser arremessada no rio na localidade de Salto Lili, em General Carneiro.

Relação com o autor do crime

As investigações apontaram que Adenir Rodrigues, autor do feminicídio, se considerava pai adotivo de Pamela. Eles conviveram juntos por anos até que um conflito os afastou, fazendo com que a adolescente morasse em outras cidades com familiares.

Recentemente, Pamela retornou a General Carneiro e foi novamente acolhida por Adenir.

No último domingo, Pamela, Adenir e a atual namorada dele participaram de um aniversário. Segundo uma testemunha, um desentendimento por ciúmes teria ocorrido no local.

Durante as investigações, cinco testemunhas relataram que Adenir abusava de Pamela e mantinha uma relação amorosa com ela.

Ao voltarem para casa, Adenir, tomado por extrema violência, decidiu matar Pamela, utilizando uma pequena corda ou cabo para estrangulá-la. Em seguida, ele colocou o corpo em um caminhonete GM/S10 e o arremessou no rio para ocultar o crime e dificultar a investigação.

Tentativa de enganar as autoridades

Na segunda-feira, 26, Adenir procurou a Polícia Militar e registrou o desaparecimento de Pamela, alegando que a adolescente havia saído para tomar sorvete e não tinha retornado. Durante as investigações, ele manteve essa versão falsa e até compareceu ao velório de Pamela.

Na quarta-feira, 29, porém, Adenir gravou um vídeo confessando o crime e, logo após, cometeu suicídio com um disparo de arma de fogo na própria cabeça.

O vídeo foi obtido pelas autoridades, reforçando as provas contra Adenir. A autoria do crime foi confirmada por sua confissão, testemunhos e imagens de câmeras de monitoramento.

A Polícia Civil considera o caso esclarecido.