“Agradecer não será tão somente problema de palavras brilhantes; é sentir a grandeza dos gestos, a luz dos benefícios, a generosidade da confiança e corresponder, espontaneamente, estendendo aos outros os tesouros da vida”. Essa é a assinatura da carta que tem chego nas empresas e nas casas de pessoas e de entidades apoiadoras da Associação de Proteção à Maternidade e à Infância (APMI) em tempo de pandemia. Neste mês, a direção do hospital encontrou um tempinho na agenda para dizer obrigado.
Esse é o contexto da redação, distribuída para quem apoia o trabalho da equipe de saúde desde o início da pandemia, em março deste ano. O texto é humano, tocante e fala do que realmente tem sido curativo neste momento tão impar que vive a humanidade: as relações.
“Passamos a conviver com o desconhecido. A ciência tornou-se pequena. Os veículos de comunicação, como nunca, ultrapassaram sua capacidade de noticiar bem ou mal…A sociedade precisou reinventar-se; as famílias com mais tempo para convívio tiveram oportunidades de estreitar seus laços. O distanciamento social mostrou faces desconhecidas de todos e a solidariedade apareceu com todas as suas características de virtude necessária”, diz partes da redação.
Nesse contexto, a APMI, como linha de frente dos atendimentos dos casos mais graves, se preparou para de fato, atender bem. “Estabeleceu novos fluxos, adequou o quadro de recursos humanos, adquiriu medicamentos, materiais e equipamentos; providenciou EPI – Equipamentos de Proteção Individual para que todos os profissionais pudessem fazer os atendimentos com a segurança necessária”, continua o texto.
E na etapa de estruturação dos serviços, a direção afirma no texto que tudo só foi possível porque houve cooperação do que ela classifica como “pessoas de bem”. A carta cita exemplo. “Clubes de Serviço, Universidades, Indústrias da Madeira, Farmácias, Lojas, Grupos de Costura, Órgãos Públicos, Sistemas Cooperativos, Órgãos do Fecomércio, Sistema S, Médicos, Funcionários e pessoas em geral que mesmo anonimamente nos ajudaram, fazendo a diferença”.
Por fim, vem o “muito obrigado”. A redação termina de maneira breve, mas com afeto, lembrando que toda ajuda enviada ao hospital, se estendeu aos funcionários e especialmente, aos pacientes e seus familiares, todos, atendidos com segurança.
A redação é assinada pelo presidente da APMI, Álvaro Schwegler. A carta já está em circulação, pulverizando um gesto cada vez mais comum em tempos de pandemia: a gratidão.