Lúcia, mãe de Lucas Huk de Lima, agradece o envolvimento da comunidade para a realização das cirurgias emergências do filho.
Recentemente o jovem de 18 anos realizou o procedimento no quadril esquerdo no Hospital Vita de Curitiba (PR). A família retornou à cidade de Paulo Frontin após a alta e reabilitação clínica. Explica a mãe que Lucas refez a cirurgia de quadril, pois o pino que segurava a placa para fixar o seu fêmur havia quebrado em dezembro de 2022. “Por conta disso a placa estava solta dentro do osso provocando dores terríveis para ele. Com a nova cirurgia foi fixada a placa. Ele necessitou de uma semana de internamento e dará continuidade à reabilitação. A cirurgia foi delicada”.
De acordo com Lúcia a campanha “Ajude o Lucas a Andar” terá continuidade para a realização do procedimento no quadril direito. “É impossível não chorar com ele. Meu filho sente dores muito fortes”, diz.
A mobilidade do adolescente é reduzida desde a infância. “O plano de saúde não cobre o preço da cirurgia; somente particular. Para a realização da cirurgia anterior nós já fizemos um empréstimo que ainda estamos pagando”.
A família, que é de Paulo Frontin (PR) mudou-se para Curitiba (PR) por conta do tratamento de Lucas. No entanto, por conta da pandemia da Covid-19 iniciada em 2020, eles retornaram para a cidade natal do adolescente. “Ficamos sem campo de trabalho, que era o setor de eventos, sendo este o primeiro segmento afetado pela crise sanitária no Brasil”, explica Lúcia.
O Lucas nasceu prematuro e com falta de oxigenação no cérebro. “Por conta disso ele foi diagnosticado com paralisia cerebral. Desde pequeno ele luta para viver. Realizamos há alguns anos uma campanha para custear o tratamento com células tronco na Tailândia. Desde então percebemos que a visão dele melhorou e o quadril direito respondeu muito bem ao tratamento. Porém o quadril esquerdo ficou comprometido”.
Lucas realiza consultas médicas regularmente, o que inclui fisioterapias, acompanhamento de fonoaudióloga e psicóloga. “Até uns dez anos, o Lucas conseguia caminhar, porém com a ajuda de um andador. Foi quando percebemos que o quadril começou a luxar por conta da demora na realização da cirurgia e o Lucas passou a usar a cadeira de rodas”, explica a mãe.
Em 2017, os três chegaram a morar por um curto período de tempo em Joinville (SC) por conta de um tratamento na Associação de Reabilitação da Criança Deficientede (AACD). “O Lucas não consegue mais ficar em pé e o seu sonho é caminhar”.
Diante disso, a alternativa é promover vaquinhas virtuais e rifas para ajudar a conseguir o valor necessário para a realização da cirurgia, cujo orçamento será atualizado em breve. “Buscamos até um especialista nos Estados Unidos que nos repassou um orçamento para a realização das duas cirurgias nos quadris do Lucas. No entanto, com a pandemia, perdemos o contato”.
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Irio Cardoso de Lima
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