Santa Catarina tentava se recuperar dos estragos em diversas regiões quando foi surpreendida nesta terça-feira (28) com a chegada de mais uma onda de forte chuva, que na Grande Florianópolis deve se estender ao longo de quarta-feira (29). Até hoje, foram 284 dias com chuva em todo o Estado neste ano, segundo levantamento da Epagri/Ciram. E à noite, a Defesa Civil emitiu um alerta máximo para o risco de deslizamentos em Florianópolis.
Nesta terça-feira, a chuva não deu trégua e atingiu a média histórica de novembro, de 129 mm, com 177 milímetros em dois dias – 134 mm só ontem -, sendo o Sul da Ilha e a região do Itacorubi os mais atingidos. Além dos alagamentos, mais uma vez a chuva comprometeu a mobilidade.
Segundo a Defesa Civil, a condição se dá em razão da atuação de um sistema de baixa pressão combinado ao fluxo de calor e umidade proveniente da Amazônia e também aos ventos de direção leste/nordeste que colaboram para o transporte da umidade do oceano para o continente.
Além disso, um alerta emitido pelo portal MetSul Meteorologia desperta um cuidado especial para a ocorrência de chuva orográfica (chuva por efeito de relevo), que deve gerar transtornos no leste catarinense.
Florianópolis registra alagamento; Sul da Ilha é a mais afetada
A prefeitura informa que o Sul da Ilha foi a região que registrou o maior volume de água. A PMRv (Polícia Militar Rodoviária de Santa Catarina) informou que, por volta das 18h, a Via Expressa estava com retenção no tráfego por causa dos diversos pontos com alagamentos.
Na SC-405, no Rio Tavares, a rodovia estava quase toda alagada por volta do mesmo horário. Somente ônibus e carros altos conseguiam transitar, mas mesmo assim com dificuldade. Era quase 19h, quando o prefeito Topázio Neto informou que a passagem pela Base Aérea da Tapera, no Sul da Ilha, estaria liberada até as 22h, a fim de desafogar o trânsito intenso.