Segue para análise da Câmara dos Deputados o projeto de lei que restabelece as informações sobre o município e o estado de registro nas placas veiculares. A proposta foi aprovada nesta quarta-feira, 12, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Caso se transforme em lei, entrará em vigor após um ano da sua publicação e não gerará qualquer custo adicional ao proprietário do veículo a ser emplacado.
De autoria do senador Esperidião Amin (PP-SC), o projeto (PL 3.214/2023) recebeu voto favorável do senador Marcos Rogério (PL-RO). Agora será analisado pela Câmara dos Deputados, a menos que haja pedido para votação no Plenário do Senado. O relator também acatou uma emenda do senador Davi Alcolumbre (União-AP) que determina a inclusão da ilustração da bandeira do estado.
Esperidião Amin argumentou que a presença das informações sobre o estado e o município de registro ajuda no trabalho de fiscalização, permitindo que as autoridades policiais e de trânsito identifiquem facilmente a origem de um veículo em situações como infrações de trânsito, roubos, furtos e outros crimes relacionados ao veículo. Além disso, ele informou que o próprio Ministério da Justiça avaliou a iniciativa como positiva.
“Eu não tenho dúvida que isso vai representar segurança porque o Ministério da Justiça assim considerou na audiência pública, não vai ter ônus, ninguém vai ter que trocar a placa, nunca, como eu não tive que trocar a placa do meu carro, que ainda é a placa cinza, e marca o seguinte: o acordo do Mercosul estabeleceu a inclusão apenas de informações mínimas. E eu, claro, considero que o Brasil tem o dever e o direito de ter mais informações do que a placa do Uruguai, que tem quatro milhões de habitantes. Porque a identificação pelo QR Code não é instantânea,” disse Esperidião Amin, referindo-se à ilustração presente na atual placa do Mercosul, semelhante a um código de barras, que transmite todas as informações sobre o veículo através de um scan.
Transição
O relator reforçou que a troca será feita em um processo de transição, similar às alterações promovidas com as últimas placas padronizadas estabelecidas pelo acordo do Mercosul.
“Quando se estabeleceu esse novo modelo em conformidade com o Mercosul, os parâmetros estabeleciam as informações mínimas que deveriam constar da placa, mas não havia impedimento de incluir as informações adicionais que estamos propondo agora. Portanto, o projeto não altera esse conteúdo que trata da universalização das placas no ambiente do Mercosul, apenas acrescenta esses elementos. E também não impõe uma mudança abrupta e imediata dessas placas, acarretando mais despesas para quem tem seus veículos emplacados. É um processo paulatino. Assim como aconteceu com a transição da placa anterior para a placa do Mercosul, também acontecerá agora.”
Com a adoção do modelo do Mercosul, obrigatório em todo o país a partir de 2020, a informação sobre estado e município deixou de estar presente nas placas dos veículos.