Por Mariana Honesko
O aumento não é o que esperavam os aposentados, mas deve ajudar. Aos 62 anos, João Maria Lourenço recebe há três anos o benefício. Para ele, o aumento é interessante já que recebe, além do salário mínimo, outras cifras, fruto da pensão que apanha após o falecimento da esposa. “Não é muito, mas ajuda sim. Pena que lá para cima, os grandes, recebem bem mais”, sorri.
Por enquanto, o reajuste não acompanha o ritmo dos políticos, mencionados de maneira discreta por Lourenço. De acordo com o aviso federal, oficial desde o dia 10, aposentados que recebem acima do salário mínimo terão reajuste de 5,56% neste ano. Para quem apanha apenas o mínimo, o aumento é de 6,78%.
As chefias das agências de União da Vitória e Porto União do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), por determinação superior, não puderam se manifestar sobre o aumento, tampouco expressar sua opinião sobre o impacto dos números. Mas, segundo informações já reveladas à mídia nacional, a porcentagem reajustada é a inflação de 2013 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Impacto
O aumento deve custar R$ 8,7 bilhões ao governo. Para bancar a alta do salário mínimo, de R$ 724 desde o dia 1º, a Previdência gastará R$ 9,2 milhões. O beneficio atende 20,8 milhões de segurados.
Benefícios pagos a partir do dia 27 já estão reajustados. Para quem se aposenta a partir de fevereiro, o reajuste será menor. As diferenças entre os valores recebidos por aposentados e pensionistas aumentam de acordo com o do valor benefício.