Por Mariana Honesko
Ela é a queridinha do Bairro São Bernardo. Construída na administração do prefeito Gilberto Brittes, em maio de 1979, a Praça dos Expedicionários é um dos locais preferidos pelas famílias durante os finais de semana. No coração de União da Vitória, ela reúne brinquedos infantis, areia, cancha de Futebol e Vôlei. O famoso circuito para as manobras com bicicletas também está na Praça.
Mas, os 35 anos de vida deixaram um rastro de abandono. Não é completo: há uma semana, conforme informou a Secretaria de Obras do município, uma grande limpeza foi feita por lá. Ainda assim, quem frequenta o ambiente encontra dificuldades para ficar na Praça por mais tempo. Faltam, por exemplo, lixeiras.
Em uma quadra de praça, não há nenhuma unidade para coleta de lixo. Faltam, ainda, torneiras. A única disponível depende de uma manobra para ser ligada. Sem a estrutura externa, é preciso ligar e desligar o registro na calçada para ter acesso à água. Quem aciona o dispositivo precisa ter cuidado: um jato potente espirra de um cano quebrado.
A prefeitura já sinalizou interesse na recuperação do espaço. “O prefeito (Pedro Ivo) nos informou que está reunindo uma equipe para reestruturar estes lugares”, comenta o secretário de Obras, Marco Antônio Coradin. Além da Expedicionários, outras praças públicas devem entrar no pacote de reformas. Porém, de maneira oficial a prefeitura só deve se manifestar a partir do dia 13, quando as atividades voltarem ao normal.
Até lá, quem frequenta a Praça vai driblando como pode as dificuldades no acesso. Sim, as calçadas são pivôs da aproximação de cadeirantes, por exemplo. Quebradas, elas inibem a chegada de quem tem locomoção limitada, bem como atrapalham quem escolhe a Praça para a prática de exercícios físicos. Jaqueline Querubim, de 22 anos, passou sua infância brincando na Expedicionários. “Na verdade, a Praça foi decaindo. Quando eu era pequena a gente vinha e ela era mais bem cuidada. Precisa melhorar muita coisa. Limpar mais vezes, reformar os brinquedos”, avalia.
De Joinville, o trabalhador na área de manutenção, Márcio Adolar Barabacha, também visitou o local. Hoje, 3, ele e sua família passeavam por lá pela manhã e o breve passeio garantiu uma análise simples e direta. “Acho que o custo de manutenção não é tão elevado. Temos as árvores aqui. Acho que poderia ser melhorado porque aqui é uma referência, é um ponto turístico. É um lugar muito bonito. Só falta um pouco para ficar melhor do que já está”, sorri.
Com mais de 30 anos de vida, a Praça dos Expedicionários ainda é escolhida para homenagens. A mais recente foi feita ao expedicionário Ítalo Conti, em março do ano passado. Conti faleceu aos 97 anos e, como mostra a placa em sua homenagem, “lúcido e trabalhando”. O marco está bem no centro da Praça, onde também foram construídos espaços para o hasteamento de bandeiras.