Por Mariana Honesko
Depois de uma adesão curta, cuja duração não passou de dois dias, funcionários da agência dos Correios de Porto União voltaram a se manifestar. Dessa vez, a adesão de 80% do efetivo, contou com a participação do sindicato da categoria. A medida é uma maneira de pressionar quem participa do julgamento das propostas dos trabalhadores. A discussão será nesta terça-feira, 7. “Estava uma situação indeterminada, sem proposta para nós, sem julgamento. O dissídio será julgado hoje e isso é uma maneira de massificar a greve, para não perdermos nenhum tipo de direito”, falou o secretário jurídico do Sindicato dos Correios, Jackson Bittencourt. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) vai julgar logo mais a abusividade da greve e as cláusulas sociais e econômicas da categoria. O ministro, Fernando Eizo Ono, é o relator do processo.
Mais de 40 mil recebem pagamento
De acordo com o último boletim sobre a manifestação, enviado no dia 3 pela Assessoria de Comunicação dos Correios em Santa Catarina, mais de 40 mil empregados, por meio de crédito bancário, já haviam recebido a diferença do reajuste de 8% referente aos meses de agosto e setembro. O pagamento totaliza R$ 13 milhões. A empresa já informou que irá efetuar o desconto dos dias parados dos trabalhadores que continuam em greve, conforme prevê a legislação.
O mapa da greve
A greve não atingiu as agências em União da Vitória mas no Paraná, ela ainda mobiliza o contingente. No entanto, segundo a assessoria de imprensa, 91% dos funcionários seguem trabalhando normalmente. Em Santa Catarina, o percentual é similar: são, ao todo, 91,53% do efetivo trabalhando.
Durante a greve, a agência permanece aberta em horário normal de atendimento. Os prejuízos talvez ocorram ao longo das entregas e distribuição mas, quem precisar dos serviços, pode procurar o endereço.
Greve dos bancos segue sem diálogos
De acordo com os sindicatos de União da Vitória e Porto União, a proposta feita pela Federação Nacional (Fenaban), não agradou. O reajuste sugerido foi rejeitado e os funcionários seguem de braços cruzados. Outras questões, como segurança e saúde, ainda precisam de novas discussões. O movimento na região cresce e um grande número de agências está fechado. Bancos privados também aderiram ao movimento. Os clientes têm acesso apenas aos caixas eletrônicos que, segundo os sindicalistas, se mantém abastecidos. Ao longo da semana, a falta de dinheiro foi diagnosticado mas, o fenômeno é fruto de atrasos na reposição de valores.